Professora Diana Cavalcante e o presidente do Sispec, Jorge Freitas.
Professora Diana Cavalcante e o presidente do Sispec, Jorge Freitas.

Em entrevista ao programa de rádio Acorda Bahia, na Sucesso FM, na manhã desta sexta-feira (18), representantes do Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública de Camaçari (Sispec), alegaram falta de planejamento na gestão do Prefeito Ademar para com a Educação, o que culminou na “decisão de greve por tempo indeterminado”, disse o presidente do Sispec, professor Jorge Freitas.

Na entrevista, Freitas afirmou que a categoria reclama de descaso e desrespeito da administração municipal em relação a algumas reivindicações  e alega ausência de resposta quanto ao reajuste de 11,36% mais 2,17%, extensivo a todos os níveis da docência.

Todas as escolas estão paradas desde terça-feira (15), com a greve nacional, e nesta sexta começa a greve dos professores municipais. Segundo o sindicalista, “por ser um ano eleitoral, o gestor municipal alega não poder fazer os reajustes, pois o regime orçamentário não tem como completar.

Após assembléia, realizada no auditório do Sindticcc, na última terça-feira (15), a categoria aprovou :
1- Aumento de 10,41% (Agerba) no auxílio transporte. Rediscussão dos roteiros e a mobilidade do transporte em Camaçari.
2- Moção de apoio aos professores da rede municipal de Salvador.
3 – Contraproposta de R$ 23,00 por dia de trabalho para o auxílio alimentação. Reunião com o Sindsec para alinhamento de proposta de auxílio alimen-tação.
4 – Assembleia nesta sexta-feira (18), às 09h da manhã, na Escola Maria Quitéria.
5 – Greve por tempo indeterminado, a partir de hoje (18).

Professora Diana Cavalcante e o presidente do Sispec, Jorge Freitas.
Professora Diana Cavalcante e o presidente do Sispec, Jorge Freitas.

Política

Questionados pelo radialista Roque Santos, sobre quem foi o melhor prefeito para os professores de Camaçari, a professora Diana Cavalcante (também entrevistada), disse que o deputado federal e ex-prefeito Caetano (PT), foi o melhor para a categoria. Questionada por um ouvinte que, na gestão de Caetano também aconteceram greves, a professora rebateu. “Essas paralisações ocorridas na gestão Caetano, foram pontuais e todas em busca de ganhos, e não em busca do cumprimento da lei, como está ocorrendo na gestão Ademar”, afirmou a professora.

Roque não deixou por menos e perguntou se a categoria está fechada com o projeto de governo do pré-candidato Caetano. A professora disse que ainda não tiveram acesso ao projeto de governo dos pré-candidatos e por isso não está anunciando apoio a nenhum candidato.

Na contrapartida, o professor Freitas disse ainda que, nem se Ademar oferecesse o melhor projeto de governo para a educação em Camaçari, aceitaria apoiá-lo, pela experiência negativa com a gestão do atual prefeito, que “não chegou a sentar a mesa com a categoria para negociar o cumprimento da lei”, disse Freitas.

Finalizando a entrevista, o presidente do sindicato pediu sensatez na mesa de negociação que ocorre nesta sexta (18), criticando ainda que o secretário de educação municipal não tem autonomia para atuar nesse caso, que está nas mãos da Secretaria da Fazenda Municipal,com o secretário Camilo Pinto.