A repercussão sobre o afastamento por tempo indeterminado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara foi intenso nesta quinta-feira (5) no meio político. Os adversários do peemedebista celebraram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por unanimidade, os 11 magistrados do STF avalizaram a decisão liminar (provisória) concedida na madrugada desta quinta pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte. Teori acolheu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolado em dezembro do ano passado. Na avaliação do tribunal, Cunha usou seu cargo para interferir nas investigações da Lava Jato e para atrapalhar o andamento de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.
O líder da Rede de Sustentabilidade na Câmara, Alessandro Molon (RJ), declarou que hoje foi um dia histórico, onde a cidadania brasileira venceu com a decisão do Supremo de afastar não apenas da presidência, mas do mandato, o deputado Eduardo Cunha.
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou que Cunha demonstrou ser um personagem pequeno ao usar o mandato que lhe foi dado pelo povo do Rio de Janeiro em causa própria, atrapalhando o trabalho dos investigadores.