Na cidade de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, uma mulher de 29 anos confessou à polícia ter ateado fogo e matado o cunhado de 27 anos após ele ter quebrado o celular dela durante uma discussão. O delegado que investiga o caso, Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios, informou que a suspeita se apresentou com um advogado três dias após a morte do homem, que teve 70% do corpo queimado com gasolina, e alegou que agiu em legítima defesa por ter sido ameaçada. A mulher foi liberada e responde ao processo em liberdade.
De acordo com o delegado, a feirante Marlene Santos Peixoto compareceu à delegacia na terça-feira (3). A discussão entre ela e o cunhado, Antônio Teodoro Silva, ocorreu no dia 27 de abril, na casa onde o homem morava com a esposa, que é irmã da acusada, no bairro Rua Nova, em Feira de Santana. Segundo Coutinho, a suspeita morava na mesma residência.
Os dois discutiram por conta de uma mentira envolvendo a esposa de Antônio, foi quando ele pegou o celular da cunhada e quebrou. Ela disse que ele ia ter que pagar pelo aparelho, e ele se recusou.
Marlene ateou fogo no corpo do cunhado, que ainda correu para o banheiro e ligou o chuveiro, mas de acordo com o delegado, teve mais da metade do corpo queimado. Marlene fugiu do local. Uma das três filhas do homem o socorreu e acionou uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que encaminhou a vítima para o Hospital Clériston Andrade.
Antônio ficou um dia na unidade médica e, como o quadro de saúde piorou, foi transferido para o Hospital Geral da Bahia (HGE), em Salvador. No sábado (30), o homem não resistiu e morreu.
Ainda segundo Gustavo Coutinho, Marlene foi liberada mesmo após confessar o crime por estar contribuindo com as investigações. O inquérito está em andamento.