A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do processo de denúncia que levou ao Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, criticou em rede social que a decisão da separação das condenações da presidente pode levar à suspensão do Impeachement, o que consequentemente, Dilma poderá voltar à presidência.
Segundo a advogada, a Corte pode decidir pelo retorno de Dilma no próximo dia 09 de setembro, até um novo julgamento, pois já se passaram os 180 dias do primeiro afastamento da ex-presidente.
“Se o impeachment for anulado, ainda que se marque novo julgamento, Dilma voltará imediatamente para o poder, pois terão passado os 180 dias. Será que eu preciso desenhar?”, escreveu Janaína.
A advogada criticou os partidos que questionam judicialmente o fatiamento com o argumento de que abre brecha para o Supremo interferir também no debate de mérito. Ela alega que o STF poderia facilmente rejeitar recursos da defesa, mas somente quando 20 partidos, inclusive os que apoiam o impeachment, questionarem a decisão. Daí então, a Corte poderia ampliar sua análise.
“Vocês estão cegos! Cegos pela vaidade! Cegos pela ganância! Cegos pela sanha punitiva! Reflitam! Eu peço, pelo amor de Deus, que quem já impugnou o julgamento do Senado, desista das medidas interpostas. Eu peço, pelo amor de Deus, que os partidos que ainda não impugnaram, não interponham nenhum tipo de medida”, afirmou Janaína.
O líder do PV, senador Álvaro Dias (PR), discordou da avaliação da advogada. Ele afirmou que os pedidos são de impugnação apenas da segunda votação.
“Repito, minha petição preserva a primeira votação e amplia seu alcance para atender todos os dispositivos constitucionais. Sem risco algum de retorno”, afirmou Dias.