Um turista brasileiro derrubou acidentalmente uma estátua do século 18 no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, capital de Portugal, na manhã de domingo (6). Segundo a direção do museu, o incidente aconteceu quando o visitante recuava para fotografar outra obra de arte. Sem perceber, esbarrou com as costas na escultura barroca de madeira, que caiu e quebrou. A galeria onde fica a estátua está fechada e deve reabrir na terça-feira. A escultura foi encaminhada para a restauração. A identidade do brasileiro foi preservada.
Em entrevista ao jornal português “Diário de Notícias”, Teresa Bizarro, assessora do Ministério da Cultura de Portugal, afirmou que uma primeira avaliação concluiu que os “danos são reversíveis”. Ainda segundo a assessora, um dos vigilantes do museu teria alertado o turista para não recuar mais, mas ele não ouviu a tempo. A estátua, que representa São Miguel Arcanjo, está desde julho na Galeria de Escultura Portuguesa, no terceiro piso do edifício. A direção do museu irá analisar o caso com mais profundidade nos próximos dias, podendo inclusive escolher outro local para expor a escultura.
O caso veio à tona quando outro visitante do museu publicou em uma rede social a imagem da escultura quebrada. Na legenda, o autor da imagem faz referência ao fato de o incidente ter acontecido no primeiro domingo do mês, quando a entrada do museu é gratuita: “é o preço a pagar pela gratuitidade do primeiro domingo de cada mês”, escreveu. A publicação gerou polêmica e acabou sendo retirada do ar.
Apesar de ser o mais importante museu de arte dos séculos 12 a 19 em Portugal, o Museu Nacional de Arte Antiga sofre um déficit de funcionários. De acordo com o “Diário de Notícias”, são menos de 30 vigilantes para as 82 salas abertas ao público. O diretor do museu, António Filipe Pimentel, havia feito um alerta sobre a situação do museu no início de setembro. “De certeza absoluta que um destes dias há uma calamidade no museu. Só pode, porque andamos a brincar ao património”, disse ele na ocasião.
No domingo à noite, o Ministério da Cultura divulgou uma nota afirmando que havia um vigilante na sala no momento do acidente:
“O acidente correu quando o visitante, estando a fotografar uma outra obra, recuou sem olhar, não parou apesar dos alertas do vigilante, e foi contra a peça que se encontrava em cima de um plinto”.
Com informações do jornal Extra