O principal ponto de debate entre os vereadores durante a sessão de terça-feira (18), na Câmara de Municipal de Simões Filho, é um velho conhecido tanto dos vereadores, quanto da comunidade. A polêmica sobre o estado, considerado de abandono e descaso, do Colégio Municipal Padre Luiz Pereira voltou a ser pautado na Casa.
O mais fato mais discutido e recebido negativamente pelo parlamentares foi a criação de uma comissão que investigue as denúncias propagandas com relação a suposta má conduta na gestão conduzida pela diretora, Edna Maria, bem como as condições precárias de funcionamento do colégio que já foi referência em ensino na cidade.
Em entrevista ao PORTAL BAHIA NO AR, o presidente da Câmara, o vereador Joel Cerqueira (PT) afirmou que a proposta foi recebida de forma negativa, por já existir uma Comissão de Educação permanente, voltada a atender questões gerais sobre a situação da educação no município. “Entendi que a criação de uma comissão específica para tratar da situação do colégio Luiz Pereira tem a intenção de criar um fato político, uma vez que temos um grupo atuante e que olha pela educação da cidade de forma global. Porém, nenhum dos vereadores está impedido de fiscalizar e investigar o que acontece nas unidades, assim como quaisquer outros aspectos relacionados a educação”, explicou.
O presidente disse ainda que a Comissão de Educação tem acompanhado ativamente as reuniões realizadas pelo Conselho Municipal de Educação, no sentido de auxiliar na busca pela solução de problemas atrelados a área. “Temos conhecimento das denúncias, principalmente das que se referem ao Luiz Pereira, contudo nenhuma delas foi formalizada para que possa ser levado ao Executivo e assim pleitearmos respostas a respeito da situação”, declarou.
Sobre uma das principais reivindicações dos alunos do colégio, o grande volume de carteiras quebradas, que levou várias turmas a assistirem as aulas sentadas no chão, Joel afirmou que há aproximadamente duas semanas, 120 carteiras passaram por reparos e 40 foram substituídas.
OPOSIÇÃO
As declarações do presidente da Câmara parecem não ter convencido o vereador de oposição, Genivaldo Lima, propositor da criação de uma nova comissão.
O edil declarou ao PORTAL BAHIA NO AR, que a sugestão de estabelecer um outro grupo tem o propósito de mesclar vereadores de oposição e situação, o que não acontece atualmente. “Como a educação pode ser fiscalizada por uma comissão formada por vereadores ligados ao governo? É gato vigiando peixe”, disparou Genivaldo.
O vereador explicou que a proposta foi mal interpretada pelos pares. “O objetivo não é de criar uma comissão específica para tratar dos transtornos do Luiz Pereira e sim de estabelecer uma comissão paralela, no sentido de investigarmos efetivamente e evitarmos que problemas gerais referentes a educação sejam encobertos e não resolvidos”, disse.
Referente a polêmica das carteiras, Genivaldo informou que desconhece as melhorias. Segundo ele, acerca de uma semana se encontrou com um grupo de alunos e os mesmos revelaram que o problema persiste.
Uma visita da Comissão e outros vereadores, inclusive da oposição, ao Colégio Padre Luiz Pereira está agendada para as 9h de quinta-feira (20).