Segundo a noiva do lateral Alan Ruschel, o jogador perdeu o passaporte dentro de casa, enquanto se preparava para viajar para a Colômbia, onde disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.

“Um dia, vi o passaporte em cima da mesa. Dois dias depois, havia sumido”, lembra Marina Storchi, de 24 anos, noiva de Alan. “Reviramos tudo. Procurei até no lixo. E nada do passaporte do guri”, conta.

Alan é um dos sobreviventes da tragédia com o avião da Chapecoense que caiu na cidade de La Unión, na Colômbia, e deixou 71 vítimas fatais. 15 dias antes, Marina cancelou uma viagem que faria com a mãe para a Austrália, onde vive o irmão, na última hora. Ela contou ao jornal Correio, que teve uma espécie de pressentimento e decidiu não embarcar.

“Não sei o que me deu. Estava tudo comprado, mas tive a certeza de que não era para eu ir”, conta ela, que contrariou os pais com a decisão. Diante do sumiço do passaporte do noivo, ela fez um alerta. “Fala que tu tá com alguma dor porque não é pra tu ir nesta viagem”, disse ela para ele.

Apesar do pedido, Alan foi para Caxias e depois Porto Alegre. Na capital gaúcha, o jogador requereu um passaporte de emergência para poder embarcar com os companheiros. Na segunda (28).

Alan Ruschel foi um das seis pessoas que estavam no avião que foi resgatado com vida. O lateral passou por cirurgias e está em observação.

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