Convidada pessoalmente pelo prefeito Elinaldo Araújo, a professora Luiza D’Errico recusou o convite para assumir uma das secretarias mais desejadas em Camaçari, a Secretaria de Educação. Isso porque a pasta possui um orçamento previsto para 2017 de R$ 300 milhões de reais, o que se torna tentador administrativamente para que sonha em liderar a educação no município.
Em entrevista ao Programa Bahia no Ar 2ª edição, na Sucesso FM, a professora foi questionada pelo radialista Roque Santos, sobre os motivos que a levaram a recusar o convite. “Terça-feira (6) recebi o convite do nosso prefeito…, recebi e declinei, não por rejeição, apenas por uma certeza de que o meu compromisso com Camaçari continua, e continuará sendo mantido, mesmo não sendo a titular da pasta”, afirmou a professora Luiza.
Roque Santos foi além e perguntou qual o fator determinante para que a professora não aceitasse o cargo, já que a Secretaria de Educação terá em 2017 um orçamento que supera a maioria dos municípios da Bahia. “Poder, dinheiro, orçamento não movem a minha trajetória pessoal, nem profissional. A recusa desse convite é dizer aos amigos, colegas, ao povo de Camaçari,que eu respeito irrestritamente a educação. Para servir a cidade e a educação eu preciso ser a titular da pasta. Eu posse servir muito bem compondo a equipe de governo, mas não como secretária de educação”, analisou a professora.
Durante a entrevista a professora Luiza também falou sobre a situação atual da educação em Camaçari. A professora que vive há 60 anos em Camaçari, dos quais 40 são dedicados a vida pública, explicou, “eu vejo hoje é que uma pessoa que esteja um pouco distante dessa confusão Pedagógica e administrava poderá ter um olhar mais imparcial, poderá agir com justiça para que a educação funcione” afirmou.
Luiza disse também que perfil deve ter o futuro secretário(a), e o que fazer para resolver o problema da educação, além de fazer uma análise sobre Camaçari, se realmente tem pessoas capacitação para o cargo.
Ouça a entrevista na íntegra:
O prefeito eleito podia muito bem seguir o exemplo do seu colega de Joinville, SC, que implantou um processo seletivo para escolha do secretário de educação. As pessoas interessadas tinham que enviar um projeto e passar por uma entrevista.