A secretária de Educação de Camaçari, Neurilene Martins, comentou a paralisação deflagrada pelos professores da rede municipal de ensino, que começou nesta terça-feira (1º) e deve seguir até sexta (04). A gestora da pasta afirma que as reivindicações da categoria são coerentes, mas apela para que os professores exercitem a compreensão e não interrompam as atividades, pelo bem dos estudantes.

Para a secretária Neurilene, não é possível cumprir de imediato as demandas apresentadas pelos profissionais de ensino. “O pleito é legítimo, mas a situação econômica inviabiliza o atendimento dessas demandas neste momento. Temos que ter muita responsabilidade na gestão desse orçamento para não comprometer a sustentabilidade”, diz, acrescentando que a prefeitura garantiu o pagamento do piso salarial dos professores e pretende voltar a negociar os aumentos requeridos dentro de um contexto econômico mais positivo, a partir de janeiro.

A sugestão e o desejo da secretária é que os professores sejam solidários com os alunos, os mais penalizados com as sucessivas greves e paralizações. “Este é o momento de construir uma compreensão compartilhada de que, na perspectiva pedagógica, essa paralisação vai causar prejuízos aos estudantes”, ressalta. Ela ainda faz questão de informar que os processos de promoções e gratificações, represados nos últimos três anos, estão sendo analisados e reuniões já foram agendadas para agilizá-los.

Paralisação Ilegal – Enquanto a secretária pede paciência aos professores, a classe se mostra revoltada diante da liminar emitida pela Justiça declarando ilegal toda paralisação realizada pelo servidor de educação do Município de Camaçari até o final de 2017. A professora Daionara Matos, que atua na Escola Zumbi dos Palmares, criticou o posicionamento da Justiça. “Isso vai de encontro com a o direito de greve que temos. Temos o direito de reivindicar. E até agora não ouve notificação formal da justiça junto ao sindicato”, revela.

0 0 votos
Article Rating