Os professores da rede pública municipal de Camaçari, em greve desde o dia 10 de agosto, constataram, na tarde desta quinta-feira (31), que a ameaça de corte no salário por conta da interrupção na oferta de aulas foi concretizada pela Prefeitura de Camaçari. Ao consultarem os contracheques, os professores se depararam com valores bem abaixo do salário habitual. “Teve profissional que recebeu apenas R$400”, protestou um educador.

Em conversa com a reportagem do site Bahia no Ar, o secretário da Fazenda de Camaçari, Renato Almeida, um dos representantes do governo municipal na negociação do fim da greve com os educadores, afirmou que o corte de ponto, por conta dos dias não trabalhados, foi uma atitude inevitável. “Não queríamos que chegasse a esse ponto”, lamentou.

De acordo com Almeida, a diminuição do pagamento tem base legal, amparada pelo Superior Tribunal Federal (STF), e foi comunicada à categoria antecipadamente. “A greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça da Bahia. A gestão pública tinha o dever de cumprir com a determinação da lei. O governo está preocupado e quer que os professores retornem”, ressaltou.

A categoria está reunida, na manhã desta sexta-feira (1°), em assembleia geral para decidir os rumos do movimento.

 

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