Boa parte da sessão ordinária realizada na Câmara de Vereadores de Camaçari na manhã desta terça-feira (26) foi dedicada à críticas motivadas pela polêmica exposição artística Queermuseu, promovida pelo Banco Santander, por conta das imagens consideradas chocantes e ofensivas pelos vereadores da Casa Legislativa. Uma Moção de Repúdio, proposta pelo presidente Oziel (PSDB) e subscrita por todos os pares, descreve a galeria como uma “apologia explícita à pornografia, zoofilia e pedofilia, além de configurar uma profanação exacerbada à fé cristã”.

Os edis foram unânime em considerar a exposição um “total desrespeito à população brasileira”. A mostra artística, cuja intensão alegada era abordar a temática LGBT, com foco na diversidade sexual inspirada no passar das décadas, não foi bem recebida por grande parte do público e provocou uma enxurrada de críticas nas redes sociais.

Na Câmara de Camaçari, a reação foi semelhante, mas nesse caso sem nenhum espaço para defesas. O pastor Neilton (PSB) reiterou que respeita as opções sexuais de quem quer que seja, mas repudia a exposição por acreditar que ela desrespeita a crença de quem pensa diferente deles. “Não tenho qualquer preconceito. O que está em discussão é o desrespeito que essas imagens representam”, disse.

O presidente Oziel também manifestou seu descontentamento. “Símbolos religiosos foram escarnecidos. A pedofilia não é uma escolha, é um crime. Isso não é arte, é um absurdo custeado com recursos públicos”, afirmou, referindo-se ao fato da iniciativa ter sido viabilizada pela captação de R$ 800 mil através da Lei Rouanet.

O vereador Jackson (PT) pediu ainda que a moção votada e aprovada pela Câmara de Camaçari fosse encaminhada para o Banco Santander. “Peço que encaminhem para eles. Essa exposição não fere apenas os princípios evangélicos e católicos, fere os princípios da família”, observa. Flávio Matos (DEM) fez uma descrição vívida e chocante de uma das imagens que mais lhe causaram incômodo. “São cinco adultos sobre o corpo de uma criança, segurando-a pelos braços e pernas, e um urso de pelúcia no canto. É uma clara referência ao estupro e à pedofilia. Estou decepcionado”, disse.

Veja, abaixo, algumas das imagens polêmicas que fazem parte do acervo da exposição Queermuseu:

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