Um dos principais temas da coletiva, claro, foi o sistema defensivo da equipe, afinal o Vitória é a equipe mais vazada da Série A, com 37 gols sofridos em 18 partidas.

Conhecido por montar equipes que jogam de maneira fluida, ofensiva, o novo treinador rubro-negro afirmou que, para arrumar a defesa, é necessário olhar para o ataque. É preciso encontrar um equilíbrio entre os setores, como explicou Carpegiani.

“Essa parte defensiva começa lá na frente. Se não tiver organização, estoura na parte defensiva. Coração da equipe é o meio. Teremos dificuldades para escalar a equipe contra o Palmeiras? Teremos. Mas vamos escalar o que temos de melhor. Sou oriundo de um futebol competitivo, sou gaúcho. Não é força, não, futebol tem que ser bem jogado. E temos que ter a consciência de que futebol tem que ser jogado sem a bola e com a bola. Essa marcação, para não estourar aqui atrás, tem que começar lá na frente. Então, se não tiver organização na frente, vai estourar na frente. Se não tiver um meio que ande, vai estourar na parte defensiva. É equilíbrio. E é tão difícil de encontrar no futebol. Teoricamente eu posso falar para vocês. Estou muito confiante de que vamos formar uma equipe compacta, competitiva, já diante do Palmeiras”.

O treinador fez questão de explicar o que motivou a aceitar o convite do Vitória.
“Porque o treinador acredita que tem material humano para tirar o Vitória da situação em que se encontra, o primeiro time  Acima de tudo, a convicção de que aceitei o convite por ver que tem possibilidade. Notei e espero nesse primeiro confronto já chamar nossa torcida para junto de nós. Só vamos conseguir isso apresentando bom futebol. Mesmo com dificuldades que temos de momento, de jogadores que pensei que estavam à disposição, teremos a torcida a nosso favor. Jogo difícil no domingo, contra equipe tradicional como é o Palmeiras, mas estou confiante de que terei uma resposta forte dos jogadores”, afirmou.

Carpegiani também falou naquilo que acredita como filosofia de jogo, de imposição de um jeito de jogar sobre o outro.

” Isso vai depender do andamento dos nossos jogos. Tenho uma equipe na cabeça, vou treinar essa equipe. Nós, como equipe grande, temos a obrigação sempre de vencer sempre os jogos. Um time que se preze precisa saber jogar dentro e fora de casa sem modificações. Tentar impor. Uma partida de futebol é um estilo sobre outro, uma imposição. Vamos tentar sempre impor nosso estilo. Se vamos conseguir ou não, é outro problema. Jogadores precisam se doar. Sou uma pessoa simples, com ideias mais simples ainda. Mas sou muito detalhista, gosto de tentar impor, jogar com posse de bola, ter condições de criar. Para isso temos que escalar o melhor jogador em cada posição. Nesse momento, talvez a gente tenha. E se não for dessa forma, teremos que providenciar uma coisa ou outra para superar isso. A grande dificuldade que tenho nesse momento em relação a desfalques é no meio”, disse Carpegiani.

O novo treinador do Vitória faz sua estreia no comando da equipe neste domingo, às 16h (horário de Brasília), contra o Palmeiras.

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