Uma investigação preliminar da Procuradoria Geral da Arábia Saudita apontou a morte do jornalista Jamal Khashoggi, que desapareceu no começo do mês em Istambul, na Turquia, informou a agência de notícias estatal saudita SPA.
A agência afirma que a investigação continua e que 18 pessoas de nacionalidade saudita estão presas preventivamente por suposta ligação com o caso.
No último dia 2, o jornalista sumiu após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para resolver questões burocráticas. Khashoggi fazia oposição ao governo saudita e criticou diretamente o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman e o rei Salman.
No mesmo dia de seu desaparecimento, horas após o jornalista ter entrado no consulado, um comboio de seis veículos saiu do edifício diplomático e seguiu para a residência do cônsul, segundo informações da imprensa turca com base em imagens de câmeras de segurança.
Exílio
Em setembro do ano passado, Khashoggi fugiu de seu país natal e se exilou em Washington, nos Estados Unidos, justamente por causa de seu posicionamento político. Desde então passou a colaborar com um jornal norte-americano de forma mais contundente. Entre as ações do governo saudita que Khashoggi atacou está a intervenção militar no Iêmen, liderada pela Arábia Saudita.