Indignado por ter que fazer parte de uma chapa montada em cima da hora, para disputar a mesa diretora da Câmara Municipal de Camaçari, o vereador Júnior Borges (DEM) falou durante entrevista exclusiva ao portal Bahia no Ar, nesta segunda-feira, 15, sobre suas insatisfações com seus colegas de parlamento e também do partido.
Após a votação que elegeu o vereador Marcelino (PT) como o novo presidente da Casa Legislativa para o mandato de 2015/2016. Júnior deixou claro que estava chateado por ter que “quebrar com a palavra” com o petista, visto que anteriormente a bancada de oposição havia feito um acordo – onde daria o voto a chapa do governo, contudo no último momento, por conta de pressões partidárias, a bancada com exceção do vereador Zé do Pão (PTB) quebrou o acordo e acabou registrando uma candidatura para disputar o cargo. “É muito difícil para mim romper com a minha palavra, porque se eu tenho alguma coisa nessa vida, com certeza é a minha palavra”, disse.
Deixando claro que o rompimento do acordo partiu da bancada do Democratas, Júnior criticou a postura de alguns colegas do partido que se posicionaram contra ao fato da oposição fazer parte da mesa diretora da Câmara. “Tanto eu, como o presidente Hélder Almeida (DEM/Camaçari) entendemos que não há problema nenhum em compor a mesa da Casa. Nós fazemos política de gente grande e não de minhoca”, enfatizou. Justificando a declaração, Júnior disse que alguns membros do seu partido, precisam ampliar a visão sobre o que é ter poder, para o bem geral do município de tamanha importância como é Camaçari.
Na oportunidade, o edil mostrou-se também revoltado com alguns militantes do partido, que segundo ele teria “plantado” uma nota em um veículo de comunicação da cidade, afirmando que ele teria feito um acordo unilateral com o governo. “Eu sou oposição, não é porque um vereador de oposição está na mesa diretora que ele está com o governo. A Câmara de Vereadores não pode continuar achando que tem que ser uma extensão da prefeitura de Camaçari”, falou.
Sobre a notícia plantada, Júnior atribuiu à responsabilidade a assessores de um vereador da Casa, que ele não quis citar o nome. O democrata ressaltou que está investigando toda a situação. E garantiu que quando obtiver uma resposta irá esclarecer tudo para a população.
Por conta desses impasses o vereador disse ainda que em 2015 não será “liderado pela oposição” e que fará um mandato independente. “Júnior Borges a partir de 2015 não será liderando por ninguém será líder de si mesmo, concluiu.
Redação Bahia no Ar