O vereador de Camaçari, Oziel dos Santos Araújo (PT), afirmou que mantém sua pré-candidatura para a presidência da Câmara do município, em entrevista na manhã desta sexta-feira (14), ao programa Bahia Alerta 1ª edição, apresentado pelo radialista Roque Santos, da rádio Sucesso FM 93.1. Na entrevista, o vereador destacou que o descontentamento por parte da metade dos 19 vereadores que compõem a Casa é um dos motivos para o qual decidiu colocar seu nome como candidato ao cargo de administrador da Câmara de Camaçari. “Em conversa com vários colegas, eu percebi que existia essa possibilidade para que nós pudéssemos viabilizar uma candidatura, e por esse motivo, me coloquei como candidato”, contou.
Questionado sobre qual era seu posicionamento quanto ao governo de Camaçari, devido uma reunião em que o vereador fez com os edis que compõem a base de oposição ao prefeito Ademar Delgado (PT), Oziel disse que o fundamental é presidir para a Câmara como um todo. “Eu entendo que quem preside a Câmara dos vereadores administra para os 18 vereadores que ali estão”, destacou o vereador, enfatizando que está aberto para dialogar com todos os vereadores da cidade, faltando apenas conversar diretamente com o vereador Jackson Josué (SDD). O petista preferiu não revelar os nomes dos vereadores que definiram apoio à sua candidatura, mas afirmou que, se a eleição fosse hoje, ele estaria eleito. “Se a eleição fosse hoje, eu contaria com 11 votos”, revelou.
Sobre um diálogo direto com o prefeito, Oziel disse que, em conversas anteriores já havia manifestado o interesse em disputar a presidência da Câmara. Ele disse que na última quinta-feira (13), conversou com o gestor sobre sua candidatura. “Ele [Ademar] sabe que eu sou vereador do PT, que é também o partido dele. Eu entendo que, para o prefeito, tanto a minha vitória quanto a vitória do candidato Marcelino (PT) representa uma vitória de um candidato do seu partido” disse. Segundo o vereador, o prefeito disse que tinha um acordo anterior firmado com presidente da Câmara Téo Ribeiro (PT) para apoiar a candidatura de Marcelino, porém, ele afirmou que Ademar via sua candidatura como ‘legítima’. “O prefeito não censurou o meu ato de me lançar candidato e reconhece-a como uma candidatura legítima”, afirmou. “O fato dele apoiar o candidato Marcelino não quer dizer que os vereadores não tenham liberdade de fazer a escolha que lhes bem entenderem”, acrescentou.
Oziel destacou que, mesmo não sendo o candidato escolhido pelo apoio do prefeito, não entende que sua candidatura seja de oposição. Para ele, colocar seu nome como candidato, mesmo com a base governista ter escolhido outro, não quer dizer que ele esteja contra o governo. “Entendo que o prefeito tem uma bancada de seis vereadores, e que estes têm trabalhado, em todo tempo, com propostas de auxiliar o governo. Entendo também que não estou aqui na posição de enfrentamento ao PT. Uma das características principais do partido é exatamente a democracia”, explicou, dando destaque que o principal fator que deve prevalecer é a vitória do prefeito em eleger um representante da Câmara que esteja ligado ao governo. “Por ser vereador do PT, eu entendo que continuo auxiliando o apoio ao prefeito”, classificou.
Da redação Bahia No Ar