As ruas de Caracas, capital da Venezuela, foram tomadas por confrontos nesta terça-feira (30) horas após o presidente autoproclamado, Juan Guaidó, ter convocado a população a se manifestar contra o regime de Nicolás Maduro. Guiadó anunciou o apoio de militares para derrubar o governo e deu início à fase final da chamada Operação Liberdade.

Maduro acusa os oposicionistas de tentativa de golpe. Ele postou que militares demonstraram “total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria”. Também convocou às ruas a população que o apoia. “Venceremos”, escreveu o chavista em rede social.

Ainda pela manhã, grupos de manifestantes tentaram entrar na principal base aérea do país, a Generalísimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi escolhido como ponto de apoio a Guaidó.

Manifestantes forçaram as grades, mas os militares os receberam com disparos de bombas de gás. Carros blindados da polícia também avançavam sobre manifestantes.

Um dos veículos chegou a acelerar sobre a multidão, atropelando pessoas e provocando correria que derrubou mais gente perto da La Carlota. Logo após o carro avançar, uma chama foi vista sobre o veículo.

Nas ruas, mais cedo, militares já haviam disparado bombas contra manifestantes. De acordo com a rede de TV estatal Telesur, policiais tentaram dispersar com gás lacrimogêneo aqueles considerados “golpistas”.

A base La Carlota fica na região leste de Caracas, a cerca de 13 quilômetros do Palácio Miraflores, sede do governo.

O presidente autoproclamado surpreendeu ao aparecer nas imediações de La Carlota em companhia de Leopoldo López, o líder da oposição que estava em prisão domiciliar, foi libertado e reapareceu em público pela primeira vez justamente nesta terça.

Já perto do Palácio Miraflores, uma multidão pró-Maduro faz uma manifestação.

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