Decolou nesta segunda-feira (22), às 1h43 (06h13 de Brasília), da plataforma de lançamento de Sriharikota, na índia, o foguete GSLV-MKlll (agência espacial indiana ISRO). A “máquina espacial” faz parte da missão Chandrayaan-2, destinada a pousar na Lua em 6 de setembro deste ano. Essa é a segunda tentativa. A primeira ocorreu a uma semana atrás, mas precisou ser cancelada após 56 minutos antes da decolagem, inicialmente, devido a um “obstáculo técnico”. Passado algumas horas, os cientistas responsáveis pela missão anunciaram que um dos tanques do foguete estava perdendo a pressão. As informações são do portal G1.
De acordo com Vivek Singh, porta-voz da Organização de Pesquisa Espacial Indiana, “a questão de baixa pressão foi resolvida” e nesta segunda-feira “o clima está perfeito”.
Otimista, o presidente da agência espacial indiana, Kailasavadivoo Sivan, relatou ao jornal The Guardian que, “é o início de uma jornada histórica da Índia em direção à Lua. Aterrissar em um local perto do polo sul deve ajudar a realizar experimentos científicos para explorar o inexplorado”, pontuou.
Foram investidos nessa missão, segundo informações divulgadas pelo primeiro-ministro indiano, Navendra Modi, cerca de 130 milhões de rupias indianas (aproximadamente R$ 7 milhões).
Até então, três países já conseguiram fazer uma nave pousar na Lua: EUA, Rússia e China. A Índia chegou perto: em 2008, a Chandrayaan-1 orbitou a Lua e ajudou a confirmar a existência de uma bacia que contém gelo formado por água. Israel também tentou, mas uma nave do país bateu na Lua em abril.
Desde que foi iniciado em 1962, o programa espacial indiano é criticado como um gasto desnecessário para um país em desenvolvimento com uma parte grande da população em pobreza, de acordo com o jornal inglês The Independent.
No entanto, décadas de pesquisa permitiram que o governo desenvolvesse comunicações por satélite e tecnologias que ajudam a resolver problemas cotidianos, desde prever a migração de peixes até quando uma tempestade vai acontecer.