Já imaginou reduzir os efeitos do envelhecimento através da aplicação de pequenas correntes elétricas na orelha? Para os pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, isso é possível. Com base em um estudo publicado nesta terça-feira (30) na revista “Aging“, as “cócegas” provocadas no nervo vago podem melhorar a qualidade de vida, o humor e até mesmo o sono dos pacientes, se aplicadas por menos de um minuto ao dia. As informações são do G1.
Em nota, a autora da pesquisa, Beatrice Bretherton revelou que “a orelha funciona como a porta de entrada para mexer com o balanço do corpo sem a necessidade de medicamentos ou procedimentos invasivos”, disse.
Em defesa de seus estudos, os cientistas afirmam que a terapia de estimulação do nervo vago, já utilizada como parte do tratamento em alguns quadros de epilepsia, pode contribuir com determinados problemas decorrentes da idade avançada, a exemplo da pressão alta e doenças cardíacas.
Até então, para a transferência de correntes elétricas no nervo vago, era necessário realizar uma pequena cirurgia onde eram implantados eletrodos na região do pescoço.
Com a nova técnica, alguns dos nervos são aproveitados e podem ser estimulados sem a necessidade de medidas mais invasivas, por estarem conectados a áreas superficiais da orelha. Os cientistas ainda aguardam mais estudos para acompanhar os efeitos a longo prazo desta terapia.