O Facebook pagou funcionários terceirizados para transcrever arquivos de áudio dos usuários do aplicativo Messenger, segundo informação da agência Bloomberg divulgada nesta terça-feira (13). A agência afirmou que recebeu a informação de pessoas que foram contratadas para realizar o serviço, mas que precisavam permanecer anônimas para não perder os empregos.
A rede social confirmou ao G1 que estava transcrevendo o áudio dos usuários e disse que abandonou a prática. “Assim como a Apple e o Google, interrompemos a revisão humana de áudios”, disse o Facebook em posicionamento.
De acordo com a reportagem, as pessoas contratadas para fazer a transcrição dos áudios não recebiam informações sobre a origem das gravações, nem sobre como foram feitas. Apesar de alguns dos trechos terem conteúdo vulgar, segundo a Bloomberg, os funcionários não sabem para que o Facebook usava as transcrições.
A empresa — que acabou de receber uma multa histórica de US$ 5 bilhões de reguladores nos Estados Unidos por violações de privacidade — sempre negou que coletasse áudios de usuários de maneira não solicitada para direcionar publicidade. Em uma audiência no Congresso dos EUA no ano passado, o presidente da rede social, Mark Zuckerberg negou que a empresa acessasse o microfone das pessoas com esse fim.