Em decorrência da repercussão de constantes notícias que relacionam as queimadas na região amazônica com o agronegócio no Brasil, mais de 18 marcas internacionais decidiram suspender a compra de couro brasileiro. As informações são da Folha.
Esses dados foram enviados pelo CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil) ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na terça-feira (27).
As marcas divulgadas que já solicitaram a suspensão de compra de couro brasileiro, são: Timberland, Dickies, Kipling, Vans, Kodiak, Terra, Walls, Workrite, Eagle Creek, Eastpack, JanSport, The North Face, Napapijri, Bulwark, Altra, Icebreaker, Smartwoll e Horace Small.
No documento, enviado ao ministro, o presidente da CICB, José Fernando Bello, destaca que o Centro recebeu a notificação de suspensão das empresas com “muita preocupação”.
“Recentemente, recebemos com muita preocupação o comunicado de suspensão de compras de couros a partir do Brasil de alguns dos principais importadores mundiais. Este cancelamento foi justificado em função de notícias relacionando queimadas na região amazônica ao agronegócio do país”, disse José Fernando Bello.
O presidente da CICB considera que há “uma interpretação errônea do comércio e da política internacionais acerca do que realmente ocorre no Brasil e o trabalho do governo e da iniciativa privada com as melhores práticas em manejo, gestão e sustentabilidade”.
Bello ainda solicita ao ministério, no decorrer do documento, uma atenção especial à situação a qual o setor enfrenta, alegando que é “inegável a demanda de contenção de danos à imagem do país no mercado externo sobre as questões amazônicas”.