Foi lançado nesta quinta-feira (5), pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), um novo programa que incentiva o modelo de escolas cívico-militares, e tem como objetivo que 216 escolas façam parte do modelo até 2022.
Segundo o mandatário brasileiro, consultas como a ocorridas em uma escola do Distrito Federal, onde professores, pais e alunos escolheram não aderir ao programa, não são necessárias, e é necessário “impor” o modelo.
“Vi que algumas alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Não tem que aceitar não, tem que impor. Se aquela garotada está na quinta série, está na nona série, e na prova do Pisa não sabe, ele não sabe uma regra de três simples, interpretar um texto, não respondem uma pergunta básica de ciência, me desculpa. Não tem que perguntar para o pai e responsável nessa questão se ele quer ou não uma escola com uma certa militarização. Tem que impor, tem que mudar. Não queremos que essa garotada cresça e vai ser no futuro um dependente até morrer de programas sociais”, pontuou o presidente.
Entretanto, a fala de Bolsonaro soa como contraditória, já que o texto do programa, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), diz que “a comunidade escolar deverá aceitar a mudança” e estabelece como condição que “estados e municípios apliquem uma consulta pública para esse fim”.
A adesão é voluntária e deve ser requisitada pelo estado ou município. Os militares farão parte da gestão da escola, sem interferir na parte pedagógica.
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