Em agosto de 2019 as exportações no estado da Bahia apresentaram queda de 32,2%, comparadas ao mesmo mês do ano passado, atingindo assim, a marca de US$ 5,888,9 milhões. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI); esse é o terceiro mês consecutivo de queda das vendas externas.

Segundo a SEI, a queda ocorreu motivada por conflitos comerciais, que desequilibraram a confiança, os preços das commodities e a atividade econômica mundial, onde a demanda externa representa um grande estímulo ao crescimento econômico do estado e do país.

Em agosto, as vendas baianas ao exterior tiveram queda de 22% do volume embarcado, devido à demanda externa menor, e 13,2% nos preços médios dos produtos exportados.

Também houve queda de 80% na venda de automóveis de passeio, principalmente para a Argentina; de 43,5% nas vendas de petroquímicos e de 73,8% nas de derivados de petróleo; todos manufaturados e cujo consumo é mais afetado em momentos de incerteza.

Ainda de acordo com a superintendência, a demanda por ração animal e as compras de soja recuaram cerca de 29,6% no mês, por causa da peste suína nos rebanhos da China. Também houve queda nas exportações de celulose em 51,5%, por conta do excesso nos estoques mundiais do setor, que chegaram a níveis históricos.

Importações

As importações tiveram uma redução de 39,2%, comparados aos valores registrados em agosto de 2018 de US$ 552,4 milhões. A queda ocorreu por causa da perda de força da atividade econômica interna e o atraso dos investimentos pelas empresas.

Nos oito primeiros meses do ano, as vendas externas do estado atingiram US$ 5,1 bilhões e estão 6,8% inferiores ao mesmo período de 2018. Com isso, a corrente de comércio teve queda de 6,2% no ano, enquanto que a balança comercial, embora superavitária em US$ 325,2 milhões, está 20,6% inferior a igual período do ano passado.

A desaceleração econômica se reflete também no volume de importações feitas pela Bahia. No mês, as compras de bens de capital tiveram queda de -26,3%, combustíveis e lubrificantes de -54,3%, bens de consumo de -48% e bens intermediários de -36%.

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