Na quarta-feira (25) ficou decidido pelo Congresso Nacional a sustentação do veto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a volta da bagagem grátis em voos, ou seja, as empresas aéreas seguem liberadas a cobrar pelo despacho das malas nos aeroportos de todo o Brasil.
Segundo informações do UOL, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) havia liberado a cobrança de bagagem pelas empresas aéreas em dezembro de 2016. Entretanto, ao votar a Medida Provisória (MP) 863, que permitiu a participação de até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas, o Congresso incluiu também um artigo que obrigava o transporte grátis de ao menos uma mala.
O presidente vetou esse artigo e alegou que a questão da bagagem é tema estranho ao objeto originário da MP.
Os parlamentares que defenderam a manutenção do veto diziam que a medida seria necessária para atrair ao país novas companhias aéreas de baixo custo.
“Queremos abrir o mercado no Brasil e não é novidade para ninguém que tem um monopólio. São três companhias que cobram o valor que querem, e nós pagamos essa conta. O serviço não melhorou, a passagem não ficou mais barata, mas nós temos algumas empresas querendo entrar no Brasil. Se nós tivermos mais oferta, por óbvio, o preço vai cair”, assegurou a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL).
Os contrários à cobrança de bagagem rebatarem o argumento com a alegação de que a medida não reduziu o preço das passagens aéreas.
“A Anac dizia que com a cobrança nós teríamos a redução do preço da passagem. Todos os indicadores de inflação demonstraram que passados esses dois anos e meio essas passagens só fizeram aumentar, assim como aumentaram os transtornos da população”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE).