Lançado em julho deste ano, a atuação do programa municipal Mais Pesca tem sido motivo de questionamento para alguns beneficiários. Na busca de esclarecer essas dúvidas recorrentes, o BNA conversou nesta quarta-feira (30) com o secretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca (Sedap), Antônio Falcão. Após o surgimento das manchas de óleo na Costa de Camaçari a situação dos pescadores é preocupante, eles que no mesmo mês de lançamento do programa passaram por significativas perdas ocasionadas, na época, por desastres causados pelo mau tempo; muitas embarcações foram destruídas.

De acordo com o secretário, o programa não funcionará mais como um “defeso”, mas sim como uma espécie de “auxílio aos pescadores que será pago de forma permanente”. Entretanto, esse pagamento ainda não aconteceu devido à questões burocráticas e de cunho legal.

“Estamos agora esperando para que seja feito o pagamento, não depende só da gente. Quando lançamos o programa, o Mais Pesca, nós já tínhamos, claro, um orçamento garantido, um recurso. Mas, temos que entender que existem órgãos fiscalizadores, que são a Procuradoria e a Controladoria, não podemos de forma alguma pular as leis. Todo gestor que, de repente e até para agradar o povo, age de forma ilegal, mais tarde é pego e ele responde. Por isso, nós estamos aqui só pedindo pela aceleração desse processo”, explica Falcão.

O secretário ainda alertou que no surgimento de possíveis dúvidas, os beneficiários podem e devem se dirigir à Sedap ou demais pontos de apoio.

“Qualquer dúvida esse pessoal pode procurar pessoalmente a Sedap, através da Coordenação de Pesca e também o ponto de apoio em Arembepe, que fica logo na entrada de Arembepe. Tem também Gilvan [secretário de Turismo], em Guarajuba. Nós estamos aqui para dar qualquer informação que seja necessária”

Sobre o programa

O Mais Pesca é uma realização da Prefeitura de Camaçari, por meio da Sedap, assegurado pela Lei Municipal n° 1.584/2019. Com as novas regras, que foram instituídas em julho de 2019, os futuros habilitados, ao final de um ano, terão acumulado um valor maior do que o praticado no passado, com um aumento de aproximadamente 60%. O benefício passará de R$2.994 (tomando como base o salário mínimo vigente) para R$4.800.

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