Sem concorrência, o megaleilão de quatro áreas de petróleo na Bacia de Santos (RJ) foi inteiramente dominado pela Petrobras, que arrecadou por R$ 70 bilhões, aproximadamente dois terços do total esperado (R$ 106,5 bilhões). No total, 14 empresas estavam habilitadas. Porém, apenas a metade (sete) marcaram presença. A estatal brasileira foi a única a fazer oferta pela área de Búzios, a mais cobiçada do leilão.
A segunda área de maior interesse, situada em Itaipu, também ficou com a Petrobras, única a entregar proposta. As outras duas áreas (Sépia e Atapu) não tiveram ofertas.
Nas palavras de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, as duas áreas sem interessados serão oferecidas em um novo leilão que deve acontecer em 2020; o governo ainda pretende avaliar a melhor forma de vendê-las.
O leilão de hoje aconteceu no Rio de Janeiro, mesmo tendo sido questionado na justiça. Amanhã (7) haverá mais um leilão, a 6ª rodada de partilha de produção.
Excedente em óleo
O ponto principal de definição da vencedora do leilão foi o excedente em óleo que foi proposto para a União.
O excedente em óleo é o valor equivalente ao volume total da produção menos os royalties devidos e os custos da empresa na exploração. O percentual de excedente oferecido à União foi: Búzios R$ 68,194 bilhões (23,24% de excedente); Itapu R$ 1,766 bilhão (18,15% de excedente); Sépia: Sem oferta e Atapu: Sem oferta.
Na a área de Búzios, a mais cobiçada, o consórcio vai pagar cerca de R$ 68,194 bilhões e oferecer à União o excedente mínimo previsto no edital (23,24%).
Como a Petrobras foi a única empresa a fazer oferta pela área de Itapu, acabou arrematando também o direito de explorar aproximadamente 350 milhões de barris de petróleo pelo valor de R$ 1,766 bilhão.
A União ficará com 18,15% do excedente —o mínimo previsto no edital. O resultado confirmou os temores.