Segundo informações da Folha, as regras para remuneração dos contratos de publicidade com o governo deverão passar por mudanças, conforme desejo da gestão de Jair Bolsonaro. Com a nova medida, o valor que deverá ser pago às agências do setor orá corresponder a um percentual menor do que elas recebem atualmente para veicular anúncios em rádios, TVs e jornais.
De acordo com a publicação, um projeto posto em consulta pública pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (que subsidiará nova licitação para contratar as empresas prestadoras desse serviço) prevê ainda a criação de um honorário para os anúncios feitos em mídias, frutos de novas tecnologias, a exemplo do Google e Facebook.
Presentemente, o pagamento às agências pela concepção, execução e distribuição de propaganda em rádios, TVs e jornais funciona através de um desconto-padrão, estimado em 20%. Por meio desse sistema, o veículo de comunicação recebe 80% do valor cheio do anúncio, com isso, o Executivo retém 5%, e a agência fica com 15%.
Agora, o Palácio do Planalto deseja reter 10% do montante anunciado, de forma que as agências recebam 10% (um terço a menos). Contudo, a fatia das empresas responsáveis pela divulgação deve permanecer a mesma. A título de exemplo, em uma propaganda que custa R$ 100 mil, a agência receberá R$ 10 mil, em vez de R$ 15 mil.
De 2017 a junho do ano vigente, a Secom gastou aproximadamente R$ 363,1 milhões em contratos com três agências de publicidade.