Nesta quarta-feira (18), a Câmara de Representantes dos Estados Unidos (EUA) iniciou o processo de decisão sobre a aprovação do impeachment do presidente Donald Trump. Por volta das 11h (horário de Brasília), os republicanos propuseram adiar a sessão, mas o pedido foi votado e derrotado.

Após discussão das regras que vão reger a votação, os deputados começaram a debater os chamados “artigos do impeachment”, que pesam contra Trump. São eles: “abuso de poder” e “obstrução ao trabalho do Congresso”.

Se mais da metade dos deputados norte-americanos votar a favor do impeachment de Donald Trump, o processo contra o presidente americano seguirá ao Senado, porém, ele permanece no cargo.

Em seguida, a Câmara deverá nomear os parlamentares que atuarão como os promotores do julgamento, em que os senadores atuarão como júri. A previsão é de que o debate sobre a cassação do mandato de Trump só comece  em janeiro de 2020.

Impeachment

O pedido de impeachment contra Trump veio à tona após o surgimento de um telefonema com o presidente recém eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Durante a conversa, Trump solicita que o país europeu investigue Hunter Biden, filho de Joe Biden — ex-vice-presidente dos EUA e atual pré-candidato da oposição à Casa Branca.

Ainda no telefonema, Zelensky conta que tem conversado com Rudolph Giuliani, advogado pessoal de Trump.

Para o Comitê Judiciário da Câmara, Donald Trump fez o pedido ao presidente da Ucrânia com o objetivo de prejudicar o desempenho do democrata, que seria um possível adversário na corrida eleitoral do próximo ano.

O presidente Donald Trump confirma a informação do telefonema de que pediu ajuda para Zelensky. Porém, ele nega que tenha feito isso para se beneficiar nas eleições de 2020.

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