De acordo com a encarregada de negócios da embaixada do Brasil no Irã, Maria Cristina Lopes, o comunicado divulgado pelo Itamaraty, se posicionando contra o terrorismo, não era uma manifestação direcionada a Teerã. A afirmação foi destinada às autoridades iranianas. Maria Cristina ainda afirmou que o terrorismo não se restringe ao Oriente Médio e que a declaração da pasta é geral.
Após o comunicado do Ministério das Relações Exteriores, em que foi declarado “apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”, a embaixada brasileira foi convocada para dar explicações. O recente aumento das tensões entre Estados Unidos (EUA) e Irã provocou a morte do general Qassem Soleimani; o ataque foi à mando do presidente americano Donald Trump.
A diplomata foi chamada porque estava momentaneamente no lugar do embaixador, Rodrigo Santos. As autoridades iranianas reclamaram da nota divulgada, ao que ela negou ser uma condenação contra o país e argumentou que as relações entre os dois governos são amplas e não devem ser reduzidas ao que foi dito no comunicado.