Nesta segunda-feira (20), o repórter Valfredo Silva, do Bahia No Ar, conversou com alguns moradores do bairro de Aratu, em Simões Filho, mais especificamente na Rua da Linha. Eles relataram que estão convivendo com medo, devido ao risco de um possível desabamento de um prédio, que inclusive já funcionou como creche na região.

“Situação muito crítica, nós estamos aqui clamando, pedindo que alguém faça alguma coisa porque a tragédia está visível. Não precisa a gente nem desenhar, qualquer hora essa tragédia vai acontecer e nós temos muitas vidas, nós temos vizinhos com crianças. As pessoas vão perder suas casas? Suas vidas principalmente? Porque depois da vida perdida vai ficar como?”, desabafou uma moradora. Ela disse ainda que o imóvel segue desativado há pelo menos dez anos.

Imagens da parte interna do imóvel.

Um outro morador da região, há 30 anos, que se identificou com o apelido de Bilisco do bar, revelou ao BNA que alguns pedidos de ajuda já foram feitos, mas até o momento nenhuma medida foi tomada. “Pedir ao povo que venha ver; a tragédia está perto de acontecer. A gente não aguenta mais apelar a ninguém. Tem cinco anos que a gente vem apelando que alguém tome uma providência”, pontuou.

Questionados sobre quem seria o dono do prédio, os moradores afirmaram não saber. “Não sei se tem alguém responsável ou não pelo prédio. A comunidade quer apenas solução”, retrucou uma moradora.

Alguns buracos em meio aos blocos também são notados. Além da presença da falta de capinagem e saneamento.

Dona Magali, que mora em uma casa ao lado do imóvel desativado, destacou que não consegui dormir e os filhos pedem para ir embora. “Estou desesperada. Não consigo dormir à noite. Meus filhos todos os dias pedem pra ir embora daqui. Eu não aguento mais”, desafogou.

Um desejo revelado pelos moradores, era de que o lugar fosse transformado novamente em uma creche, tendo em vista a falta de uma instituição desse tipo na localidade.”Nossas crianças estão indo pra Ilha de São João ou pra Escola Aratu, não desfazendo, mas a gente tem como ter perto de nossas localidades. Tem pessoas que deixaram de trabalhar porque a creche foi retirada da associação”, confidenciou.

Por fim, os moradores salientaram que apenas metade do prédio fosse demolido. “A parte construída pela comunidade não tem infiltração, só falta ser recuperada, fazer alguns reajustes. Mas a parte do fundo, que foi construída depois, esse é o problema”.

O BNA segue acompanhando o caso.

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