Os 12 estádios construídos ou reformados para serem sedes da Copa do Mundo tiveram que reservar pelo menos 1% dos lugares disponíveis para pessoas com mobilidade reduzida, cadeirantes e obesos. A determinação está no decreto que regulamenta a Lei Geral da Copa, aprovada em 2012, para determinar as regras a serem seguidas durante o Mundial.
Além de garantir um percentual mínimo de lugares, o Decreto 7.783, de 7 de agosto de 2012, diz que os espaços e assentos devem estar em locais que garantam a acomodação de, no mínimo, um acompanhante da pessoa com deficiência.
O percentual definido, entretanto, é menor do que o estabelecido por um decreto de 2004, válido para locais que abrigam eventos no Brasil, como cinemas e teatros. O Decreto 5.296 determina a reserva de 4% para cadeirantes, pessoas com deficiência visual, com mobilidade reduzida e obesos.
A Arena Corinthians, o Itaquerão, que sediará a abertura da Copa, poderá receber até 68 mil torcedores durante o Mundial. Desse total, 962 lugares são reservados para pessoas com deficiência e acompanhantes, 146 para obesos e 160 para cadeirantes. No Maracanã, estádio que será sede da final, no Rio de Janeiro, dos 78,8 mil lugares, 627 são reservados para pessoas como mobilidade reduzida, 111 para cadeirantes e 101 para obesos. Há ainda 856 lugares para acompanhantes.
Em Brasília, dos 72,8 mil lugares do Estádio Mané Garrincha, 735 são para pessoas com mobilidade reduzida, sendo que 156 lugares são para cadeirantes. Além disso, 735 lugares estão reservados para acompanhantes. Em Salvador, no Estádio Fonte Nova, 358 lugares são reservados para pessoas com mobilidade reduzida, 66 para cadeirantes, 60 para obesos e 16 para deficientes visuais, além de 500 assentos para acompanhantes. O estádio tem um total de 50 mil lugares e há mais 5 mil assentos removíveis.
Na Arena Pernambuco, no Recife, dos 46 mil lugares, 581 são reservados, sendo 453 para pessoas com mobilidade reduzida, 60 para obesos e 68 para cadeirantes. Mais 478 lugares são para acompanhantes. No estádio de Manaus, a Arena da Amazônia, que tem capacidade para 44,5 mil pessoas, foram reservados 118 assentos para pessoas com mobilidade reduzida, 264 para cadeirantes, 62 para obesos e 444 lugares para acompanhantes.
A Arena das Dunas, em Natal, tem capacidade para 42 mil torcedores (com 10,6 mil assentos removíveis). Foram reservados 521 lugares para pessoas com deficiência, sendo 269 para quem tem mobilidade reduzida, 74 para obesos e 104 espaços destinados aos cadeirantes. No Estádio Castelão, em Fortaleza, dos 63,9 mil lugares disponíveis, 1.675 serão reservados, sendo 335 lugares para cadeirantes, 1.220 para pessoas com mobilidade reduzida e 120 para obesos. No Mineirão, em Belo Horizonte, de um total de 62,1 mil , 621 são assentos ergonômicos destinados a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, usuários de cadeiras de rodas e obesos.
Em Cuiabá, a Arena Pantanal, que tem capacidade para 44 mil torcedores, tem 130 lugares para cadeirantes, 157 para pessoas com mobilidade reduzida e 157 para obesos. A Arena da Baixada, em Curitiba, com capacidade para 43 mil pessoas, tem 212 assentos reservados para cadeirantes, 46 para deficientes visuais, 88 para pessoas com mobilidade reduzida e 88 para obesos.
A diretoria do Sport Club Internacional, que administra o Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, disse que os espaços para pessoas com deficiência ultrapassam a exigência de 1%, mas não informou o número exato de assentos. Para cadeirantes, são 124 lugares, distribuídos nas áreas inferior, superior e nos camarotes.
A Lei Geral da Copa também assegura que 1% do total de ingressos oferecidos para jogos do evento seja destinado a pessoas com deficiência. Além dos assentos, os estádios instalaram elevadores, sinalização específica, piso tátil, indicação visual de degraus, banheiros adaptados e rampas.
Os estádios de Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Belo Horizonte também contarão com o serviço de audiodescrição, que irá narrar os lances das partidas e o que está acontecendo no evento para pessoas com deficiência visual. A narração inclui a descrição da linguagem corporal e expressão facial de jogadores, técnicos, árbitros e torcedores e a identificação de uniformes e do ambiente das arenas. Cada partida contará com dois profissionais para fazer a narração, que será transmitida por audiofrequência e poderá ser captada em fones de ouvido individuais.
Com informações da Agência Brasil