O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, cumpriu uma intimidação que havia feito por diversas vezes ao longo das últimas semanas. Ele decidiu proibir a entrada no país americano de viajantes oriundos do território brasileiro, visando evitar a contaminação da população com o novo coronavírus (Covid-19), mesmo os EUA sendo considerado o líder em número de casos da doença no mundo.

Trump destaca que sua decisão visa a proteger os americanos.

“Não quero que as pessoas venham aqui e infectem o nosso povo”, disse ao londo desta semana.

“Eu odeio dizer, mas o Brasil está muito alto, o gráfico está muito, muito alto. Lá em cima, quase vertical. O presidente do Brasil é realmente um bom amigo meu, um ótimo homem, mas eles estão vivendo um momento muito difícil”, acrescentou.

No início da pandemia, Trump já tinha tomado decisão semelhante, e pelas mesmas razões, dessa vez barrando a entrada de cidadãos da China (país que teve os primeiros casos da Covid-19) e da Europa. No entanto, as restrições que ainda estão em vigor, não impediram que os EUA ocupassem rapidamente o primeiro lugar no ranking de casos confirmados do novo coronavírus em escala mundial.

A explicação de alguns especialistas é de que, os estrangeiros foram mantidos fora, porém, o vírus já estava circulando ativamente no território americano.

Atualmente, os EUA já apresenta cerca de 1,6 milhão de casos registrados oficialmente (300 para cada milhão de habitantes), além de aproximadamente 100 mil óbitos.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, já são 360 mil (106 por milhão). Mas, a escalada acelerada e as subnotificações de casos no país, fazem com que a OMS (Organização Mundial da Saúde) futuramente anteveja o território brasileiro como o epicentro da Covid-19.

Restrições

As restrições que foram anunciadas no domingo (24), pela Casa Branca, atingem, principalmente, todos os passageiros estrangeiros que passaram cerca de 14 dias no Brasil e que não poderão ingressar nos EUA a partir da próxima sexta-feira. Mas, por exemplo, não serão aplicadas aos cidadãos americanos ou aos que tenham residência permanente no país.

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