De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), aproximadamente, 1 milhão de brasileiros perderam o emprego no decorrer de maio. No total, cerca de 10,9 milhões de pessoas estavam desempregadas durante a última semana de maio, o que provocou o aumento da taxa de desemprego para 11,4%. Na primeira semana do mês, este índice era de 9,8 milhões e a taxa de desemprego de 10,5%.
As informações foram retiradas dos primeiros resultados da Pnad Covid19, uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada em parceria com o Ministério da Saúde na tentativa de identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro, bem como quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no país.
Durante o levantamento, o IBGE ainda apontou que 17,7 milhões de brasileiros que não estavam empregados na última semana de maio deixaram de procurar emprego, também em função da pandemia do novo coronavírus.
Com isso, somando este contingente ao de desempregados, chegou-se a quantidade de 28,6 milhões de pessoas que enfrentaram algum tipo de restrição para ingressar no mercado de trabalho brasileiro em maio “seja por falta de vagas ou receio de contrair o novo coronavírus”, conforme detalhou o IBGE.
No mês anterior, em abril, a Pnad Contínua revelou que a taxa de desemprego tinha ficado em 12,6% e o contingente de desempregados somava 12,8 milhões de pessoas.
Ademais, a pesquisa identificou que havia no país 29,1 milhões de trabalhadores informais, ao longo da última semana de maio: 870 mil a menos que o observado na primeira semana do mês.
O IBGE considera como informais os trabalhadores que atuam no setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregados que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.