O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou, na segunda-feira (22), com ação na 6ª Vara do Trabalho de Feira de Santana,  pedindo a imediata paralisação das atividades em todas as agências do banco Bradesco do município, por 14 dias. O MPT pede a paralisação das atividades nas agências para realização de inspeções nos locais, adequações à norma de saúde, além da testagem e afastamento de todos os empregados e terceirizados contaminados pelo novo coronavírus.

O órgão informou que o contágio nos ambientes de trabalho do banco está sendo acompanhado com preocupação pelos procuradores desde abril, após a ocorrência do primeiro caso. A falta de cumprimento de um plano de contingência do novo coronavírus fez com que o número de casos nas agências chegasse a pelo menos cinco neste mês.

Na ocasião, ficou constatado que uma funcionária permaneceu dois dias trabalhando mesmo apresentando sintomas da doença. Depois de ser afastada, a agência continuou funcionando sem testagem dos demais trabalhadores, aponta o MPT.

No inquérito aberto pelo órgão para apurar a conduta do banco em relação à prevenção à pandemia e à adoção de plano de contingência em suas agências no município de Feira de Santana, a empresa alega que afastou todos os que testaram positivo. Para comprovar as alegações, o MPT solicitou uma fiscalização in loco do Cerest nas unidades afetadas, mas a empresa negou o acesso aos fiscais por diversas vezes. Sem mais alternativa, o MPT entrou na Justiça. Os pedidos da ação são o acesso dos fiscais às agências, o fechamento por 14 dias e a testagem de todos os empregados.

Feira de Santana possui mais de 2 mil casos confirmados de coronavírus. Os cinco casos de empregados foram identificados no inquérito, com informações do Sindicato dos Bancários e com confirmação do boletim epidemiológico. O inquérito apurou a existência de casos suspeitos em todas as unidades do banco no município.

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