Foi preso, na madrugada desta quarta-feira, Caio Silva de Souza, suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade. Ele foi cercado e encontrado por volta das 2h da manhã (3h no horário de Brasília) em uma pousada perto da rodoviária em Feira de Santana, a cerca de cem quilômetros de Salvador. Ele estaria fugindo para a casa de parentes, no Ceará. Segundo a polícia, Caio não reagiu ao ser preso. Ele chegou ao Rio por volta das 9h, num voo que pousou no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Caio foi levado para Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte da cidade.
A prisão foi feita pelo delegado que investiga o caso, Maurício Luciano de Almeida e Silva, da Polícia Civil do Rio, que estava acompanhado do advogado de Caio, Jonas Tadeu Nunes, que também defende outro rapaz envolvido no caso, Fábio Raposo, que está preso no Rio. O Disque-Denúncia (2253-1177) tinha divulgado um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de Souza, que tem 23 anos e é auxiliar de serviços gerais em uma empresa prestadora de serviço do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.
O cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade gravava imagens de uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio, na quinta-feira, quando foi atingido na cabeça pelo rojão. Ele teve morte cerebral na segunda-feira, depois de passar quatro dias em coma no Hospital Souza Aguiar.
A prisão de Caio foi decretada na noite de segunda-feira, mas o rapaz não foi encontrado em sua casa, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, nem no hospital, onde trabalha como porteiro. No dia do protesto, na última quinta, Caio estava de folga.
Na manhã desta terça-feira, a polícia divulgou a foto do acusado. À tarde, o mesmo foi feito com outra imagem. A identificação foi possível com a ajuda do tatuador Fábio Raposo, de 22 anos, preso no domingo, acusado de ter passado a bomba para Caio. Fábio deu a seu advogado, Jonas Tadeu Nunes, o nome de um rapaz que teria revelado a identidade de Caio. Com isso, a defesa do tatuador espera que o preso receba o benefício da delação premiada. *Extra Globo.