O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro ofereceu denúncia nesta segunda-feira (17) contra os dois suspeitos de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade. Fábio Raposo e Caio Silva de Souza podem responder por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, sem dar chance de defesa à vítima e uso de artefato pirotécnico –, além do crime de explosão. Se condenados, podem receber pena de até 30 anos de prisão cada um. Até as 14h40, a Justiça do Rio não havia confirmado se havia recebido a denúncia. A denúncia, obtida com exclusividade pela TV Globo, pede também que a prisão temporária dos dois suspeitos seja convertida em preventiva, como há havia pedido o delegado Maurício Luciano.
Na sexta-feira (14), o delegado entregou ao MP o inquérito sobre a morte do cinegrafista, atingido por um rojão durante um protesto no dia 6. Caio e Fábio estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste.
A promotora Vera Regina de Almeida, titular da 8ª Promotoria de Investigação Penal, responsável por avaliar o inquérito, de 175 páginas, assina denúncia.
Prisão
Fábio foi preso no domingo (9) na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e Caio foi detido na quarta-feira (12), em uma pousada em Feira de Santana, na Bahia.
Na quinta-feira (13), o delegado ouviu os últimos depoimentos do caso. Segundo ele, um colega de Caio do Hospital Rocha Faria, onde o suspeito trabalhava como auxiliar serviços gerais, contou na delegacia que no dia 6, durante o protesto em que o crime ocorreu, Caio telefonou por volta das 19h30, ofegante, dizendo que tinha feito besteira e matado um homem. As informações são do G1.