Cristóvão Borges exibiu simpatia na coletiva antes do jogo contra a Ponte

Sexta-feira véspera de jogo. Jornalistas se aglomeram na sala de imprensa do Fazendão à espera do técnico do Bahia, todos ávidos por respostas que solucionem suas dúvidas. Em pauta, assuntos como escalação e esquema tático.

Ao entrar na sala, porém, o bom humor de Cristóvão Borgessurpreende a quem esperava um treinador tenso por não ter conseguido treinar com o time titular após a derrota para o Corinthians. Como se já esperasse o turbilhão de questionamentos que estava por vir, Cristóvão inflou o peito e desfiou os jornalistas.

– Quero avisar a todo mundo que hoje eu estou preparado. Podem mandar que eu aguento – brincou.

Todos na sala puseram-se a rir imediatamente. Apesar do jogo decisivo que tem pela frente, contra a Ponte Preta, neste domingo, na Arena Fonte Nova, o treinador tricolor garante que a alegria o acompanha durante a maior parte do tempo. E o principal responsável pelo sorriso largo no rosto de Cristóvão está no Bahia.

– Alegria do trabalho, da confiança nos jogadores que eu tenho. Eu normalmente sou assim. É claro que temos responsabilidades, é difícil a situação, e temos que brigar muito e somar bastantes pontos para estar melhor. Mas nem por isso temos que perder a alegria – confessa o treinador.

A situação não chega a ser desesperadora, mas o sinal de alerta deve permanecer ligado. Com 32 pontos, o Bahia ocupa a 13ª posição, sete pontos acima da zona do rebaixamento. O problema é que o Tricolor não vence há três jogos – dois pelo Brasileiro e um pela Sul-Americana.

Por isso, encarar em casa a Ponte Preta, penúltima colocada da competição, pode ser a oportunidade perfeita para voltar a sorrir. Porém, engana-se quem pensa que Cristóvão Borges espera uma partida fácil. Para vencer, o Tricolor terá que superar um adversário fechado, que joga no erro do seu oponente.

– Esse é um jogo com características complicadas. Eles vêm jogar um jogo que beneficia a eles: recuados, fechados, esperando um erro do adversário. Vamos nos expor, é perigoso, mas tem que ser assim. É claro que nessa exposição não podemos dar oportunidade para eles jogarem e se aproveitarem do contra-ataque. Estamos preparados para isso – afirma.

Além da dificuldade natural proporcionada pelo adversário, Cristóvão tem um problema interno para resolver. Ele precisa definir os substitutos de Lucas Fonseca, Wallyson e Hélder, todos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Para o comandante tricolor, o último será a ausência mais sentida, pois ele não tem no elenco jogadores com as mesmas características do volante canhoto.

– Eu não posso querer achar outro Hélder. Seria um erro. Diante disso, tenho que procurar um jogador diferente dele. Então, a gente vai mudar de alguma forma a maneira de jogar, para que a equipe seja eficiente sem o Hélder. Ele é um jogador que tem uma característica própria, que não tem jogador similar no elenco – avalia.

Com os três desfalques para domingo, é bem possível que o torcedor seja surpreendido no momento em que sair a escalação do time, assim como foi na partida contra o Corinthians, quando o treinador abriu mão dos três volantes por uma equipe mas ofensiva.

Cristóvão Borges não confirma, mas jogadores menos cotados para assumir a titularidade, como Obina e Anderson Talisca, correm por fora e podem começar jogando.

– Veja bem, eu estou monando a equipe, então existe a possibilidade sim. Existe a possibilidade porque são três vagas, então você pode mudar muita coisa, inclusive o posicionamento tático da equipe – revela.

*G1.