Ninguém se ilude. A meta do Bahia é clara neste Brasileiro. Pelo terceiro ano consecutivo na Série A, o tricolor quer escapar do rebaixamento. Este ano, a equipe está sofrendo menos. Só esteve na zona da degola nas duas primeiras rodadas do campeonato. Mesmo assim, não consegue se afastar de vez da maldita zona e está a quatro pontos do Vasco, 17º.
Não é difícil entender o motivo. Neste ano, além do 1×1 de ontem com a Ponte Preta, o Bahia empatou em casa com Criciúma e Vasco. Três adversários que habitam o rebaixamento com frequência e seis pontos desperdiçados.
A falta de regularidade em casa perturba o Bahia desde o ano passado. Se Pituaçu era o problema, o panorama não mudou muito com a reformada Fonte Nova. São 13 partidas até o momento, com cinco vitórias, outros cinco empates e três derrotas (51% de aproveitamento). Só para efeito de comparação, o rival Vitória tem sete triunfos, cinco empates e uma derrota em seus domínios (66%).
E nada de tranquilidade para os torcedores. Somente na vitória por 3×0 sobre o Flamengo, dia 31 de julho, a equipe conseguiu ganhar com tranquilidade e com três gols de diferença. Até nas vitórias fora de casa, o torcedor teve que segurar o coração. Os triunfos contra Inter, São Paulo e Botafogo foram por 2×1. Tudo na base do sofrimento até o apito final.
O tricolor fechou o primeiro turno com derrota por 1×0 para o Fluminense. Depois, engatou uma sequência de cinco partidas sem deixar o gramado derrotado. O problema é que a reação no segundo turno parou. Já são três partidas sem comemorar uma vitória no Brasileiro e apenas um golzinho marcado.
Para deixar a situação mais tensa nos lados do Fazendão, quarta tem clássico Ba-Vi na Fonte. O tricolor precisa vencer para respirar um pouco mais aliviado. E pelo discurso dos jogadores, todos esses números e o momento da equipe vão ficar de lado. O que importa é derrotar o rival. “Vamos com a moral elevada, lá em cima. Sabemos que, se vencermos, vamos encostar no nosso rival. A importância do jogo é muito grande”, comentou Titi que, suspenso, fica de fora. É esperar pra ver.
*Correio.