Tinha tudo para ser um dia comum no Fazendão. Tinha… O clima estava calmo até Feijão aparecer para conceder entrevista na sala de imprensa do Bahia. Na humildade, cumprimentou os jornalistas e cantou até um arrocha.
Mas aí veio a hora de falar sério. Ao ser questionado sobre o que ele sente ao ver o Vitória quando entra em campo, o volante não segurou. “É o time que, desde pequeno, aprendi a odiar, aprendi a ter raiva. Eu tenho nojo do Vitória. Quando eu vejo o Vitória vencer me dá uma raiva do car…”, disse o volante que, ainda aos 5 anos, rejeitou a vontade da mãe, dona Altamira, de jogar no Vitória.
É exatamente com esse sentimento que Feijão quer entrar em campo no Ba-Vi de amanhã, às 21h, na Fonte Nova. Ciente da necessidade de conseguir um triunfo, espera enterrar de vez o trauma do primeiro semestre, quando o tricolor levou goleadas de 5×1 e 7×3 para o rival.
“O Baiano já esqueci. Agora é o Brasileiro, outra história. O jogo pra nós é como se fosse uma decisão. Vai ser decidido nos mínimos detalhes”, afirma o atleta de 19 anos, confiante em uma boa apresentação no clássico.
Apesar da declaração forte referente ao rubro-negro, Feijão diz estar tranquilo para o confronto na Fonte Nova. Mesmo com o Bahia apenas quatro pontos acima da zona de rebaixamento, o garoto revelado nas categorias de base garante ter equilíbrio emocional. “O professor fala isso toda hora, principalmente para me controlar. Tenho que chegar menos duro em campo e manter a tranquilidade”. Nesta Série A, em 15 partidas até agora, sendo dez como titular, o camisa 15 tricolor levou cinco cartões amarelos.
De olho
O jogador, no entanto, promete não aliviar para os adversários. Como o Vitória não contará com o artilheiro Maxi Biancucchi, Feijão pede atenção a outros dois rubro-negros perigosos. “O Vitória tem alguns jogadores que precisamos ficar de olho. Cajá e Dinei… Temos que ter uma marcação cerrada”, avisa.
Mesmo com o fato de falar que odeia o Vitória, Feijão não teme provocação dos jogadores rivais. E apesar da marcação pesada e das frases polêmicas, o garoto afirma não querer se envolver em confusão. “Não sou um jogador que gosta de provocar. Fico mais na minha, falo pouco. Dentro de campo vão ser 11 contra 11”, dá o recado.
Marquinhos Gabriel faz tratamento e ainda é dúvida para o clássico
O técnico Cristóvão Borges tem uma dúvida para o clássico de amanhã, às 21h, contra o Vitória, na Fonte Nova. O meia Marquinhos Gabriel, que saiu do jogo contra a Ponte Preta com dores na coxa direita, não treinou ontem e fez apenas tratamento no departamento médico.
O jogador será reavaliado hoje para saber se terá condições de jogo. O zagueiro Titi, suspenso, está fora do confronto. Demerson e Rafael Donato disputam a vaga, com o volante Fahel correndo por fora caso Cristóvão opte por uma improvisação.
Em contrapartida, o comandante ganhará três importantes jogadores. O zagueiro Lucas Fonseca, o volante Hélder e o atacante Wallyson cumpriram suspensão e voltam no time.
*Correio.