A agonia do Bahia durou até os 35 minutos do segundo tempo. A dez minutos do fim, Fernandão, enfim, conseguiu superar Ricardo Berna e garantir a vitória tricolor sobre o Náutico por 1 a 0 na Arena Pernambuco. Oito rodadas depois, o time baiano voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. E respirou. O resultado, além de quebrar o jejum, tirou o Bahia da zona de rebaixamento.
O Tricolor ultrapassou o Coritiba. Saiu da 17ª para a 16ª colocação. Já rebaixado, o Timbu chegou a 10ª derrota consecutiva. Estacionado nos 17 pontos, o time pernambucano segue precisando de pelo menos mais um para se livrar da pior campanha da era dos pontos corridos – em 2007, o América-RN também somou apenas 17.
O gol de Fernandão premiou a insistência do Tricolor em meio a outra atuação ruim. O maior mérito do Bahia foi simplesmente não ter aceitado mais um tropeço na reta final da partida. Pelo futebol apresentado, a torcida tem motivos para se preocupar.
Na próxima rodada, o time de Cristovão Borges tem um confronto decisivo contra a Portuguesa, adversária direta na luta contra o rebaixamento, domingo, na Fonte Nova. No mesmo dia, Timbu visita o Atlético-PR na Arena Joinville.
Marasmo do Náutico contagia o Bahia
O Tricolor esteve perto de abrir o placar duas vezes, em menos de 10 minutos, ambos os lances originados de bola parada. Fernandão, de cabeça, exigiu grande defesa de Ricardo Berna numa cobrança de falta. Depois, Allyson acertou o travessão do goleiro alvirrubro. O início do Bahia condisse com a realidade de um time que luta desesperadamente para sair da degola. Mas foi só. O marasmo do Náutico parece ter contagiado o adversário.
Mesmo diante de um oponente inofensivo, o Bahia encontou muita dificuldade para desenvolver seu jogo no decorrer do primeiro tempo. A postura excessivamente defensiva certamente contribuiu, mas a falta de imaginação do meio-campo tricolor chamou atenção. Marquinhos Gabriel e Helder não conseguiram dar ritmo ao setor ofensivo. Fernandão ficou isolado na frente, e Allyson só incomodou em cobranças de falta.
Depois de acertar o travessão aos 10 minutos, outra batida do atacante levou perigo ao gol de Berna, aos 32. Fora este, apenas mais um lance é digno de registro na primeira etapa. Aos 28, acionado por um lançamento, Raul invadiu a área mas acabou abafado pela boa saída de Berna.
No fim, Fernandão marca o gol salvador
O Bahia voltou diferente do intervalo. Cristovão Borges trocou o lateral-direito Madson pelo atacante Wiliam Barbio. Dez minutos depois, Marquinhos Gabriel deu vez a Souza. Com mais dois homens na frente, o Bahia passou a chegar um pouco mais. Aos 13 minutos, Berna fez boa defesa numa investida de Raul.
O relógio era um adversário que incomodava mais o Bahia que o próprio Náutico. Na medida em que o tempo passava, o time se lançava mais ao ataque. Os 11 tricolores passaram praticamente toda a segunda etapa dentro da metade alvirrubra do campo. Aos 27, os jogadores do Bahia reclamaram um pênalti sobre o Souza. O árbitro nada marcou.
Apesar da maior posse de bola e da tentativa de encurrar o Timbu, o Tricolor continuou a criar pouco.
Improdutividade que acabou incentivando o Náutico a se arriscar. Nos 20 minutos finais, Rogério e Thiago Real levaram perigo à meta de Marcelo Lomba. O segundo acertou a trave num chute de fora da área.
Aos 35, o Bahia teve uma grande chance numa cabeçada de Fernandão. Berna fez um milagre à queima roupa.
Aos 36, não teve jeito. Em lance semelhante, Raul fez um cruzamento preciso para Fernandão testar firme para o fundo da rede. O gol do alívio. Muito, muito comemorado pelos tricolores presentes na Arena Pernambuco.
As informações são do G1.