Prestes a gravar o DVD que comemora 20 anos de carreira, na Arena Fonte Nova, no dia 14 de dezembro, Ivete Sangalo foi entrevistada pela equipe da revista Veja, nesta semana. No bate-papo, a cantora falou sobre drogas, a suposta 'rixa' com Claudia Leitte, fama e a sua opção sexual.
Uso de drogas
Durante a conversa, a baiana foi questionada se o termo 'Dalila', música de Carlinhos Brown, eternizada na voz da artista, seria um código para buscar cocaína. "Oi? Por que, você já mandou buscar a sua assim? Ô, meu Deus, coitado de Carlinhos Brown, autor da música, que é tão careta. A verdade é que qualquer um pode atribuir música a qualquer coisa, não é? Isso aí é folclore. São elucubrações carnavalescas. O cara está tão doido que manda buscar uma Dalila. Eu não gravei com essa intenção", explica Veveta que atribue essa associação a sua eletricidade no palco.
"Não uso, não gosto, não gosto do ambiente delas. Deus me defenda. Cansei de ouvir história de que o enfermeiro que é amigo da vizinha da prima de alguém me atendeu num hospital com overdose. Parte do meu público é adolescente, e tenho medo que eles achem que preciso disso para fazer o que faço no palco. Não preciso estar drogada. Não poderia ter 20 anos de estrada com esse vigor se usasse droga. Não dá, não tem condição. Perco noites apenas fazendo show, exceto por isso, não é em noitada. É vendo filme com meu marido ou com meu filho.
Não bebo, não fumo. Tomo uma taça de vinho e já é demais, porque odeio aquela sensação de delay, de velocidade alterada do álcool. Nunca nem experimentei drogas. Isso pode soar cafona, mas eu nunca vi cocaína. Convivi com pessoas que usam, vi com boca travada, pó no nariz, coisa que me deprime demais. Agora, a droga, eu não vi.
Tenho um pouco de medo. Uma vez estava fazendo uma festa de final de ano, havia vários artistas, eu estava dividindo camarim com uma galera e uma rapaziada convocou para cheirar. Fiquei quietinha no meu canto, me sentindo uma menina desprotegida. Não tenho relação nenhuma com droga", ressalta.
Opção sexualIvete também comentou a decisão de Daniela Mercury em assumir publicamente um relacionamento com uma mulher e falou sobre sua opção sexual. "A surpresa mesmo foi para o público, não para a vida dela. Não vou ficar aqui dizendo a você o que sou ou não. Mas, até onde sei, minha predileção é por homens. Nunca fiquei com mulher, apesar de ter sido cantada muitas vezes. Aliás, acho ótimo quando acontece. O máximo que fiz com mulher foi beijar Hebe Camargo, a mais linda que conheci. Vou ter essa lembrança sempre na minha vida. E dei selinho, de brincadeira também, em Mônica Iozzi, do CQC", relembra.
Veveta também fez questão de deixar claro que não há inimizade entre as colegas do axé, inclusive, Claudia Leitte, com quem sempre é vista por muitas pessoas, como 'imitadora'.
"As pessoas sentem um prazer estranho em torcer para que saia briga entre Daniela Mercury, Claudia Leitte e eu. É sempre alguém cutucando atrás de uma picuinha, o que é constrangedor para todas nós responder. A gente vai dizer o quê? Que se ama loucamente? Não. É uma relação de respeito, mas não posso dizer que telefonamos umas para as outras para bater papo. Quero que apareça alguém capaz de pontuar uma única situação em que me estranhei com Daniela ou Claudia, um olhar atravessado que seja. Agora, há cantoras que são amigas de frequentar minha casa, como Margareth Menezes e outras que não são do axé, como Solange, do Aviões do Forró, e Vanessa da Mata", diz.
"Acho que ela tem uma influência fortíssima minha. Agora, dizer que imita, não. Nem permito que meus amigos e família falem esse tipo de coisa. Mantemos respeito. Claudia é uma artista. Para ela, sendo artista, ter o objetivo de me copiar seria péssimo. Já falei a ela e falo a quem perguntar: ela sofre influência minha, mas apenas porque sou a cantora que, quando ela estourou, estava mais em evidência, era a mais próxima da realidade dela. Tem coisas dela que gosto, ouço e canto no trio elétrico", finaliza.
As informações são do iBahia.