A casa de shows Groove Bar, no bairro da Barra, em Salvador, informou na ultima quinta-feira (11) que o segurança suspeito de agredir a jovem de 25 anos na porta do estabelecimento, no domingo (7), foi demitido.
Inicialmente, a casa de shows informou, em nota, que a jovem teria sido agredida por um cliente, após confusão na entrada do estabelecimento.
Ontem, a casa de shows relatou, em nota, que "realizou um apuramento detalhado sobre o ocorrido e assim foi possível identificar todos os envolvidos".
Por conta da situação, a programação prevista, inclusive em comemoração ao Dia do Rock, em 13 de julho, foram suspensas.
"A programação prevista para os próximos dias está suspensa devido à reestruturação de diversos setores do estabelecimento, incluindo a empresa terceirizada que fornecia a equipe de segurança", afirmou.
O caso
Mariana Simões, de 25 anos acusou o segurança do local de ter agredido ela e a prima, de 23 anos, após show realizado na madrugada do domingo (7).
Em entrevista, a jovem contou que o segurança utilizou a força física para agredi-la, e jogou a prima para fora do bar.
“Fui para um show na madrugada de domingo. Antes de terminar o show, paguei a minha comanda e a comanda da minha irmã. Quando terminou o show, minha prima e uma amiga estavam na fila para poder pagar as comandas delas, e passei pela corda de isolamento para poder acompanhá-las. Foi nesse momento em que o segurança pediu para eu sair porque eu estaria furando fila. Tentei argumentar e explicar que eu só estava acompanhando as meninas, que eu já tinha pago a minha comanda, mas ele foi bruto e me jogou para fora do estabelecimento. Minha prima foi interferir, e ele a jogou para fora do local. Com isso, ela caiu e fraturou o pulso”, explicou.
Mariana contou que a irmã dela, assim como a amiga, também tentaram argumentar com o segurança, mas nesse momento outro segurança interferiu no diálogo, e, segundo a vítima, o funcionário foi truculento.
“Os dois foram bastante grosseiros. Nos jogaram para fora do bar na frente de outros clientes. Frequento esse local há mais de dois anos. Com toda essa situação, chamei a polícia e registrei queixa. Depois, eu e minha prima realizamos o exame de corpo de delito”, disse.
A queixa foi registrada na delegacia da Barra.
Inicialmente, na segunda-feira (8), a casa de shows enviou nota informando que a “confusão aconteceu entre clientes”.
A casa de show afirmou que um outro cliente abordou a jovem por acreditar que ela estava furando a fila.
“A partir deste mal entendido, iniciou-se a confusão, direcionando-se para a saída do bar. O gerente da casa e o porteiro da noite responderam aos questionamentos dos policiais, que informaram a impossibilidade de realizar qualquer tipo de ação naquele momento, pois o outro cliente envolvido já havia se ausentado do local. Os policiais sugeriram que elas se dirigissem à delegacia mais próxima. O Groove Bar lamenta o ocorrido”, comentou.
A jovem discordou do posicionamento do estabelecimento.
“Era um segurança, não cliente. Estava todo de preto, com equipamento no ouvido facilmente identificável. Os outros seguranças apenas o observavam nos agredir, sem interferir. Provavelmente era o chefe de segurança, mas isso não posso confirmar. Os funcionários de segurança do Groove Bar usam terno, mas sei que os chefes de segurança geralmente andam à paisana. Garanto que não era um cliente e garanto que não foi um cliente chateado por achar que furei a fila", disse a cliente.
As informações são do G1.