Um estudo realizado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça, e que foi publicado oficialmente nesta quinta-feira, 18, mostra que dos 30 municípios do País com as maiores taxas de homicídios de jovens em 2011, onze são da Bahia. Simões Filho (Grande Salvador), com taxa de 378,9 (por 100 mil habitantes), lidera o ranking nacional, que aparece ainda, Lauro de Freitas em 8º lugar, seguida de Porto Seguro (9º), Itabuna (11º), Camaçari (16º), Teixeira de Freitas (17º), Eunápolis (23º), Alagoinhas (24º), Valença (25º), Ilhéus (29º) e Salvador (30º).
O estudo atual leva em consideração 100 municípios do País de população com mais de 20 mil jovens (15 a 24 anos). Entre os 30 primeiros, não há cidades do Rio de Janeiro nem de São Paulo. Alagoas (5); Pará e Paraíba (3 cada); Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais (2 cada); Pernambuco e Paraná (1 cada), completam a lista
Resposta
Por meio da assessoria, a Secretaria da Segurança Pública informa que não comenta os dados porque não teve acesso ao estudo. Mas destaca que crimes contra a vida na capital tiveram redução de 14%, de janeiro a maio de 2013, em relação ao mesmo período de 2012. Na região metropolitana, aponta redução de 26,3% no comparativo dos mesmos períodos.
Em cidades como Lauro de Freitas, Porto Seguro e Itabuna, onde foram instaladas bases comunitárias de segurança, a SSP informa que "índices de violência reduziram em cerca de 15%".
Ainda segundo a SSP, as reduções foram fruto do "trabalho das polícias Militar, Civil e Técnica, e da execução das ações do programa Pacto Pela Vida, como a implantação de 12 bases comunitárias de segurança e do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP)".
Pesquisador – "Isto demonstra fragilidade do nosso sistema de segurança e da justiça. Dizer que é por causa do tráfico não pode ser justificativa. Tem que investigar mais a fundo", opina o pesquisador do Programa de Gestão e Estudo de Segurança Pública da Universidade Federal da Bahia, coronel Antônio Jorge Ferreira.
Questões hormonais e psicológicas da juventude, aliadas à fragilização de controles sociais (família, escola, religião) são apontadas por ele como razões para homicídios de jovens.
Apesar de figurar no topo por dois estudos consecutivos, Simões Filho teve redução nos assassinatos, de 102 em 2010, para 86 em 2011. As informações são da redação do Bahia no ar e atarde online