Denunciado pela afilhada de 9 anos de idade por crime de estupro, o operador de máquina Helton Pinheiro Maciel, 31, foi conduzido para o Presídio Regional de Feira de Santana (distante a 108 km de Salvador), na manhã desta terça-feira, 23. De acordo com a polícia, a criança, que é sobrinha da mulher de Helton, vinha sendo abusada há dois anos, em sua residência, no bairro Panorama II.
O mandado de prisão preventiva, expedido pela Vara Criminal, foi cumprido na tarde de segunda, 22, quando Helton se apresentou na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), acompanhado de um advogado.
De acordo com a polícia, devido ao trauma pela violência sexual, a garota passou a ter desmaios, vômitos e outras reações físicas, quando percebia que ficaria a sós com o agressor, ou depois de ser violentada. "Por diversas vezes, ela foi levada para o hospital, mas os médicos não conseguiam diagnosticar nenhum problema físico, até serem informados sobre o abuso, constatando que a reação era psicológica", informou, em nota, a titular da DAI/Feira, delegada Patrícia Brito. A delegada ouviu a mãe da vítima, que formalizou a queixa contra o cunhado, na unidade policial.
Ao completar nove anos, a afilhada decidiu denunciar o padrinho, detalhando para a mãe o crime do qual era vítima, desde os sete anos de idade. Ainda conforme a polícia, Helton tinha livre acesso à residência da família e se oferecia para cuidar da menina quando os pais estavam ausentes. Segundo os investigadores, o abuso acontecia em uma cadeira de balanço, com a criança sobre o colo do agressor.
Natural de Pernambuco, Helton saiu da empresa onde trabalhava e fugiu para a cidade de Irecê, ao saber que havia sido denunciado. No retorno à Feira de Santana, segundo a polícia, ele soube que era procurado e decidiu se apresentar na delegacia.
A delegada Patrícia Brito o indiciou em inquérito policial por estupro de vulnerável, encaminhando o criminoso para o sistema prisional. A menina foi submetida a exames periciais no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e passa por acompanhamento psicológico.
A Tarde*