Nos Estados Unidos, algumas escolas adotaram uma medida polêmica para evitar casos de violência: os professores estão sendo treinados para identificar estudantes com problemas mentais.
Os alunos de uma escola primária de Decatur, na Geórgia, escaparam do ataque de um atirador graças à coragem de uma funcionária. Na semana passada, ela alertou a polícia e ganhou tempo, enquanto as crianças fugiam. O próprio atirador afirmou que tem problemas psiquiátricos.
Já a tragédia de Sandy Hook, oito meses atrás, ainda é uma ferida aberta. Vinte e sete pessoas morreram na escola, entre elas 20 crianças. Segundo a família do atirador, ele também tinha distúrbios mentais.
Para evitar casos como esses, profissionais de educação de 21 estados americanos estão sendo treinados para identificar estudantes com sinais de problemas mentais. Os professores foram orientados a ficar atentos na sala de aula a tristeza constante, agressividade e pensamentos que possam levar ao suicídio. O programa é pago pela Fundação de Psiquiatria Americana.
Steve Leifman é juiz e recomendou o treinamento para as escolas de Miami logo depois da tragédia de Sandy Hook. Ele diz: "Talvez aquelas crianças e professores não tenham morrido em vão se realmente pudermos fazer algo que conserte o antiquado sistema que trata de doenças mentais aqui".
Uma pesquisa recente revela: parte dos americanos acredita que a solução é aumentar o número de seguranças armados nas portas das escolas. Por outro lado, quase 60% dos entrevistados preferem os programas de saúde mental, que não estão livres de críticas.
Muita gente acredita que as crianças possam sofrer discriminação. Mas o juiz responde: “Não vamos botar um rótulo em ninguém. O aluno será tratado com respeito e privacidade, para o bem de todos”.
As informações sãqo do G1.