O Náutico jogava para encerrar um jejum de 10 partidas sem triunfos no Brasileirão. O Vitória buscava os primeiros três pontos sob o comando do técnico Ney Franco. E no duelo das ambições, melhor para a equipe rubro-negra. No Barradão, o time baiano bateu o Timbú de virada pelo placar de 2 a 1, em partida válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro 2013. Hugo abriu o placar para os visitantes ainda no primeiro tempo. Dinei marcou os dois gols que selaram o triunfo do Vitória, que se afasta da briga contra o rebaixamento e volta a respirar na Série A.

Com o triunfo, o Vitória encerra a marca negativa de sete jogos consecutivos sem vencer pelo Brasileirão. O Rubro-Negro não conquistava um triunfo desde a 14ª rodada, quando bateu a Ponte Preta em casa pelo placar de 3 a 1. O time baiano ocupa a 11ª posição com 27 pontos, três a mais que o Vasco, primeiro time do Z-4. O resultado da partida foi especialmente comemorado pelo atacante Dinei, que atravessava um período de quase um mês sem marcar gols.

– Acho que sabia que o gol ia sair na hora certa. Feliz por marcar outra vez – disse o jogador, que havia balançado as redes pela última vez na derrota por 5 a 1 para o Cruzeiro, no dia 17 de agosto.

Já o Náutico segue firme na via crúcis que parece sem volta com destino à Série B. Com 20 partidas disputadas – tem um jogo atrasado contra o Santos, o time pernambucano acumula nove pontos, 15 a menos que a primeira equipe fora da zona de rebaixamento. Lanterna, o Timbú não vence uma partida desde a 9ª rodada do Brasileirão. O atacante Hugo afirmou que o time pernambucano tem buscado sair da crise, apesar das dificuldades.

– A gente tem que ganhar, independente se está dentro ou fora de casa. Fizemos o gol, mas o Vitória infelizmente também marcou – declarou.

O Vitória volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), quando encara o Vasco no São Januário. O Náutico, por sua vez, enfrenta a Portuguesa no Canindé, na quinta-feira, às 21h.

Gols e lances de perigo

O otimismo era o sentimento que reinava na torcida do Vitória antes da bola rolar. Como adversário, o Rubro-Negro tinha o Náutico, lanterna da competição e time que havia marcado apenas nove gols em todo o Campeonato Brasileiro. A confiança dos baianos em um jogo fácil, no entanto, desabou assim que o árbitro apitou o início do confronto. Indiferente à má fase, o Alvirrubro partiu para o ataque e assustou. Tiago Real cobrou escanteio na cabeça de Jones Carioca, que testou firme na trave da meta defendida por Wilson.

O lance de perigo foi apenas uma amostra do que o Timbú poderia fazer. Mesmo fora de casa, o time do Náutico permaneceu no ataque e abriu o placar com Hugo. O atacante recebeu passe nas costas da defesa do Vitória, partiu livre em direção ao gol e apenas teve o trabalho de tirar Wilson do lance para estufar as redes. A alegria alvirrubra, no entanto, não durou muito. O gol acordou o time baiano, que chegou ao empate com Dinei. O centroavante recebeu passe de Ayrton e desviou de cabeça para vencer o goleiro Ricardo Berna.

O Vitória ainda aproveitou o ímpeto ofensivo gerado pelo empate e acertou a trave de Berna com um chutaço de fora da área de Marquinhos. O lance, no entanto, encerrou a fase de soberania rubro-negra na partida. Com a aposta no contra-ataque, o Náutico tratou de recuar a linha defensiva e congestionar o meio de campo, o que dificultou a vida da equipe baiana, que só chegou com perigo em chutes de longa distância.

Dinei volta a aparecer e Vitória vira

Ao contrário do primeiro tempo, a segunda etapa começou com poucas emoções. O Náutico permaneceu com a aposta nos contra-ataques. O Vitória também continuou com dificuldades para armar jogadas ofensivas. E os lances de perigo só surgiram em chutes de longe. Ayrton teve a melhor oportunidade de alterar o placar. Em cobrança de falta da intermediária, o lateral soltou a bomba e Berna espalmou.

A partida seguiu truncada até que Dinei voltou a aparecer. Em bela jogada construída pelo volante Neto Coruja, o centroavante recebeu cruzamento de Juan na pequena área e tocou de letra para virar a partida. Atrás no placar, o técnico Levi Gomes tentou colocar o Náutico para frente. Trocou peças, armou o time mais ofensivo, mas viu a reação esbarrar no goleiro Wilson. Com boas defesas, o camisa 1 do Vitória impediu que o Timbú chegasse ao empate e garantiu os primeiros três pontos do time baiano na era Ney Franco.

*G1.