Renato Cajá tem a fala mansa e não faz o perfil do jogador estrela. O futebol do meia é cadenciado, reflexo da camisa que veste em campo, a mítica 10. Apesar da timidez, o jogador nascido em Cajazeiras, interior da Paraíba, está acostumado em ser protagonista.

Durante a semana, o rubro-negro avisou: “Quem sabe não fico na história com o primeiro gol na Arena? As coisas acontecem para mim, eu fiz o gol 500 do Juventude”. E não é que o camisa 10 do Leão é realmente predestinado? O meia entrou para a história da nova Fonte ao marcar o primeiro gol da Arena.

Pênalti para o Vitória e a ansiedade toma conta da parcela rubro-negra nas arquibancadas do estádio. Cajá pega a bola, respira fundo e não hesita. Com a canhota, a cobrança perfeita. Goleiro de um lado e a a redonda no outro.

Explosão de alegria do meia que correu para entrar na história. “Fui premiado por fazer esse primeiro gol. Dedico para minha esposa e minha filha ”, conta. E a filha de 5 anos do jogador não poderia ter um nome mais apropriado para o atual emprego do papai. Ela se chama Vitória. Há quem diga que de pênalti o mérito é menor. Quem disse? Se o rei do futebol atingiu o seu miléssimo da marca do cal, porque Cajá não merece destaque? O que vale é gol.

Homenagem – Cajá ganhou o merecido reconhecimento da torcida. Aos 24 minutos da segunda etapa, Caio Júnior sacou o meia. Momento perfeito para uma homenagem justa. De pé, a torcida rubro-negra aplaudiu o jogador e gritou o seu nome. Ele merece. “Um sonho o que aconteceu aqui. Emocionante ver a torcida gritando o meu nome”, comentou após a partida, ainda emocionado com o feito histórico. Fonte: Correio