A 17º Parada do Orgulho LGTB de São Paulo vai encerrar o desfile deste ano com um trio elétrico que protestará contra o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). O político ficou conhecido após supostos ataques e ofensas a africanos e homossexuais. A Parada Gay ocorre no dia 2 de junho a partir das 12h, na Avenida Paulista. O tema deste ano será “Para o Armário Nunca Mais, União e Conscientização”. O objetivo é alertar para retrocessos em relação às conquistas da comunidade gay.

O trio-elétrico contra Feliciano fará um pedido de paz e protestará contra qualquer forma de preconceito e retrocesso contra a comunidade gay. "Não é só contra o Feliciano, é contra todos aqueles que insistem em julgar os direitos dos outros em detrimento da sua heterossexualidade", completou o diretor da Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT), Nelson Matias, durante a coletiva de imprensa de lançamento do evento, na manhã desta quinta-feira (2).

Por enquanto, está confirmada a participação de 17 trios, mas o número pode mudar, já que o evento tem autorização para 22 trios-elétricos participarem.

Show de encerramento

A concentração para a Parada será às 10h do dia 2 de junho, um domingo, e o desfile dos trios deve começar às 12h. O último trio deve passar pela avenida e ter o som desligado até as 18h em frente à Igreja da Consolação, no Centro, conforme acordo entre a APOGLBT e o Ministério Público

Depois de três anos, a Parada do Orgulho LGBT terá show de encerramento após a passagem dos trios elétricos pela Avenida Paulista, com um show da cantora Ellen Oléria, vencedora do programa “The Voice”. O show começará às 18h30, na Praça da República, também na região central. A organização deverá anunciar ainda uma segunda apresentação, que ainda não foi definida.

Daniela Mercury foi convidada para abrir o evento e cantar o hino nacional. A cantora, porém, ainda não confirmou presença, segundo a APOGLBT. Recentemente, a cantora assumiu um relacionamento com outra mulher.

A Prefeitura de São Paulo investirá R$ 1,6 milhão na logística e infraestrutura da Parada do Orgulho LGBT. O presidente da Associação LGBT, Fernando Quaresma, reclama da falta de patrocínio da iniciativa privada. De acordo com ele, a cota mínima solicitada é de R$ 50 mil e a máxima de R$ 300 mil. Até agora já foram arrecadados R$ 280 mil.

Ao todo, 1,2 mil policiais militares vão acompanhar o evento. A corporação também vai usar câmeras e o helicóptero Águia durante o monitoramento, segundo a APOGLBT.

Com informações G1