O Papel da Comunicação no Combate ao Trabalho Infantil é tema do seminário que será realizado pela a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA) no dia 11 de junho, das 13 às 18h, no auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, na Praça Municipal. Dividido em três momentos, o evento conta com uma feira de ferramentas utilizadas no combate ao trabalho infantil, relacionadas aos direitos da criança e do adolescente; uma discussão sobre o panorama do trabalho infantil no Brasil e na Bahia; e o lançamento do vídeo Impacto do Trabalho Precoce na Saúde de Crianças e Adolescentes. A proposta faz parte das mobilizações pela erradicação do trabalho infantil em virtude do dia 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.
Na feira, que vai acontecer no foyer do Centro de Cultura, estarão disponíveis materiais produzidos por instituições especializadas com o intuito de subsidiar jornalistas e estudantes de comunicação na abordagem sobre o trabalho infantil. O seminário conta com uma palestra do publicitário Fernando Passos, que destaca a função das mídias nesse combate.
Por último, será lançado o vídeo O Impacto do Trabalho Precoce na Saúde de Crianças e Adolescentes, em que o auditor fiscal e médico do trabalho Gerson Estrela apresenta os impactos negativos do trabalho precoce na saúde física e psicológica da criança e do adolescente. O vídeo é resultado de uma parceria entre a SRTE/BA e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Embora os números relativos ao trabalho infantil no país tenham reduzido nas últimas décadas, existem cerca de 3,4 milhões de crianças e adolescentes, de 10 a 17 anos, em situação de trabalho (segundo o CENSO 2010 do IBGE). Mesmo com a luta de diversos órgãos pela erradicação do trabalho infantil, ainda há setores da sociedade defendendo a inserção precoce de crianças e adolescentes no mundo do trabalho como forma de mitigar a pobreza, o ócio, o consumo de drogas e a criminalidade. Segundo a SRTE/BA, para deixar de existir, o trabalho infantil precisa ser desnaturalizado e combatido através de conhecimento, conscientização e participação, e para isso a comunicação é imprescindível.