A reunião entre a presidente Dilma Rousseff e ministros sobre a série de manifestações pelo país ocorridas nesta quinta-feira (20) terminou após duas horas sem que nenhum representante do governo desse declarações.

Pela agenda oficial da presidente, a reunião envolveu somente Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Mas o G1 apurou que pelo menos os ministros Aldo Rebelo (Esportes) e Aloizio Mercadante (Educação) também estavam presentes. A reunião durou das 9h30 às 11h30 desta sexta.

Antes de deixar o Planalto para almoçar, por volta das 13h10, a presidente também recebeu em seu gabinete o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), responsável pela articulação entre a Presidência e os movimentos sociais.

De acordo com o blog de Cristiana Lôbo, além de Cardozo, Rebelo, Mercadante e Carvalho, também estavam pela manhã no Palácio do Planalto as ministras Miriam Belchior (Planejamento) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Segundo o blog, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tinha viajado para São Paulo e voltou para Brasília, chamado por Dilma.

Cristiana Lôbo informou ainda que, nesta quinta, durante as manifestações, a presidente Dilma recebeu no Planalto o ex-ministro da Comunicação Social do governo Lula, Franklin Martins. Ele já havia participado da reunião de Dilma com e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo na terça.

Mais cedo, durante reunião com organizadores da Jornada Mundial da Juventude, Gilberto Carvalho disse que o evento católico poderá se dar “num clima em que esteja ocorrendo manifestações”. Ele também condenou os atos de vandalismo ocorridos durante alguns protestos.

Dilma convocou a reunião com os ministros na noite desta quinta-feira (20). Ela cancelou a viagem que faria nesta sexta-feira a Salvador, onde lançaria o Plano Safra do Semi-Árido, para tratar das manifestações.

A presidente ainda não se manifestou após o endurecimento das manifestações. Nesta quinta-feira, mais de 1,25 milhão de pessoas participaram dos protestos em mais de 100 cidades. Foi o maior dia de protestos desde o início das passeatas. Na maior parte dos casos, os atos foram pacíficos, mas houve confrontos com a polícia em diversas cidades.

No início desta semana, Dilma disse que o governo “ouve vozes pela mudança”. “As vozes das ruas querem mais. O meu governo também quer mais”, afirmou a presidente na terça-feira (18). *G1.