Membro do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local (COL) como voluntário, o ex-atacante Bebeto se mostrou "triste" pelo fato de seu antigo companheiro nos gramados, Romário, estar atacando a organização da Copa do Mundo no Congresso. Bebeto, que também é deputado estadual, lamentou a postura do ex-camisa 11 da seleção brasileira e afirmou que o evento trará grandes benefícios para o país. Segundo Bebeto, o COL queria a participação de Romário na organização.
– Infelizmente, fico até um pouco triste, queria o Romário perto da gente, é o nome do nosso país que está em jogo. Poder realizar um dos melhores Mundiais foi sempre o nosso objetivo. O Brasil é a sexta economia mundial, está gerando emprego, muitas coisas boas, o legado é muito grande, vai ser de fundamental importância para o crescimento do nosso país. A Copa vai alavancar uma série de coisas. Cito o exemplo da Espanha em 1982, depois da Copa virou uma potência. É isso que quero para o meu país.
Questionado sobre a diferença de ideias em relação a Romário, Bebeto afirmou:
– Infelizmente o Romário tem um pensamento, o meu é totalmente diferente. A Fifa não pediu pra fazer a Copa aqui, nós é que lutamos muito. Queria que ele estivesse do nosso lado. Fizemos uma grande dupla, foi coisa de Deus, e a gente queria ele aqui perto, mas infelizmente está nessa situação que todos sabemos. Queria que estivesse aqui conosco tentando fazer o melhor pelo nosso país. Vida que segue. Vai ser sempre meu amigo.
Bebeto foi indagado também sobre os custos da reforma do Maracanã, que se aproximaram da casa de R$ 1,3 bilhão.
– Estou aqui como membro do COL e como voluntário, mas eu, como parlamentar, quero sempre o melhor para o meu povo e para o meu país. Quero transparência também, eu, como parlamentar, tenho de cobrar do governo por que isso foi gasto. Você não destruiu o Maracanã todo, manteve a fachada, e isso torna mais caro. Se construísse um novo, o custo seria menor. Acho que tem de ter transparência total. A gente passou do prazo de entrega, teve de colocar mais gente pra trabalhar, acaba gastando mais. Deve ter sido isso uma das coisas. Mas acho que tem de ver mesmo por que foi gasto esse valor. *G1.